sábado, 5 de outubro de 2013

FAZ MAL À SAÚDE

Domingo teremos o último Atletiba com mando de campo do Furacão fora de casa. Ano que vem, estaremos dando chineladas nas flores do campo na Arena magnífica. Agora, muito prazerosamente, vamos encaminhá-las para um final de ano difícil, a penosa luta para fugir da segunda divisão, em domínios paranistas. Os campos tricolores nos dão sorte, basta lembrar o 3 a 1 que o sub-23 aplicou no glorioso com Alex na Vila Olímpica. Uma atuação de ouro das crianças.

Do íntimo de minh’alma, devo dizer aos meus amigos coxas, incluindo aí o meu querido porteiro, que não desejo o naufrágio ao alviverde infelizmente fazendo água, não tenho assim um coração tão carregado de ódios, apenas repito a previsão de especialistas no assunto, já induzindo os agentes de viagem da “coxa-travel” a, desde já, aproveitar as promoções das nossas companhias aéreas para Arapiraca, Natal, Belém e outros vilarejos, sem esquecer as imprescindíveis conexões rodoviárias.

Tenho certeza que o alviverde não cairá. Chinelado no domingo, com os fundilhos chamuscados, começará vida nova, terá inúmeras rodadas para se livrar do fantasma do rebaixamento. Eu acredito na força coxa, embora reconheça que a torcida está em ritmo de abandono, segundo seu próprio presidente, inconformada com o sucesso do Furacão.

Fosse outro momento, como aquele em que o Galo entregou o jogo permitindo que a Raposa permanecesse na série A, poderia o Rubro-Negro facilitar as coisas para o coirmão, já o arrastamos para a primeira divisão em 95, não custaria fazê-lo de novo. Aliás, não sei por que alfaces, brócolis e espinafres nos devotam tanto ódio, qual a razão de tanta ira.

Dolorosamente, não é possível, estamos precisando do resultado, desejamos começar vida nova em 2014 com participação definida na Libertadores. Os concorrentes estão chegando, temos que dar um up, somar pontos, a derrota coxa é necessária. Assim, é com o coração trespassado por adaga moura, a alma dilacerada pelo sofrimento que comunico antecipadamente o placar de domingo, 4 a 0 para o Furacão de todos os ventos e tormentas.

Calma! Nada de me chamar de poodle, otário, flamenguinho das araucárias, o texto é só uma brincadeira, o futebol vive disso, é interessante por isso, agora com as redes sociais e a capacidade que alguns têm de criar imagens muito bem-humoradas, só não se diverte quem não quer. Ontem o Paulo Baier vestia um modelinho tomara que caia, hoje é o Pinduca, como não rir.

O clássico de domingo não tem favorito, simplesmente por que é um clássico, reúne dois rivais históricos, e, é claro, o nome do jogo é futebol. Por isso, muito jovem aprendi que na semana que antecede o Atletiba a melhor estratégia é zoar os alviverdes, importuná-los, se a vitória acontece, a zoação continua, caso não, já perturbei, vou ter que ouvir, procurar um culpado, o juiz, um lance infeliz, alguma coisa para desviar o assunto. É assim que funciona.

O sábado começou lindo, o sol voltou ao trabalho, a chuva deu um descanso, recomendo ao torcedor coxa um fim de semana turístico, na praia, no campo, longe dos eletrônicos. Domingo, ao final da tarde, de volta ao lar, liga o rádio e descobre a chinelada horrível. Que fazer? Pelo menos tomou a atitude certa, curtiu a família, resguardou seu coração, afinal, todos sabem, o Ministério da Saúde adverte, jogar contra o Furacão faz mal à saúde.

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