segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CABEÇA QUENTE

Como toda tragédia, o jogo contra o Goiás mostrou erros acumulados que resultaram no 3 a 0 sem contestação. Vamos ver se o amigo concorda comigo.

Primeiro: Quando se marca jogador como Walter à distância, deixando a bola chegar aos seus pés com tranquilidade, o erro é grave, acaba em gol para o adversário. Treinadores não gostam de marcação individual. Eu gosto, por mim o medida errada que dá certo teria jogador ao seu lado 90 minutos, não receberia a bola. Não teve, 1 a 0 Goiás.

Segundo: Em outubro, o Atlético está improvisando na lateral-esquerda. Trocamos Elias por Rodrigo Biro que, pelo jeito, já chegou fora dos planos. Vejo o trabalho do Departamento de Futebol atleticano com receio. Se Petraglia imagina formar grande time para 2014 tem que pensar nisso seriamente.

Terceiro: Coutinho no lugar de Marcelo, jogando pela direita, foi uma impropriedade tática relevante. Coutinho não tem velocidade, deu certo no sub-23 jogando pela esquerda, pela direita só seria útil com sorte. Não foi.

Quarto: Marco Antônio está longe de ser jogador criativo, foi engolido pela marcação. Pode ajudar em time pronto, entrando em momento específico de partida. Para carregar o time nas costas, fazer o papel de Baier, faltam qualidade e entrosamento. Demorou a sair.

Quinto: Se Roger é jogador de área como afirmam, de nada adianta colocá-lo em campo sem jogadores que possam criar as jogadas que o beneficiem. A saída de Marcelo, a ineficiência de Léo e Maranhão no ataque, a partida pobre de Marco Antônio, obrigaram o jogador a voltar para buscar, tentar resolver sozinho. Só um milagre salvaria sua atuação.

Sexto: A entrada de Felipe em lugar de Marco Antonio é seis por meia dúzia. Felipe é um toque-toque que pode compor um time, nunca dar solução a situações críticas. Quem vê o Atlético desde 2012 sabe disso.

Sétimo: A permanência de Éderson no banco enterrou as esperanças de gol do Furacão. Coutinho pela esquerda, Roger na área e Éderson pela direita poderiam ter conseguido o golzinho de honra. Mancini demorou a mudar, mudou mal, levou o terceiro.

O Atlético facilitou, quando precisou do banco, a reposição não funcionou. Muito mérito do técnico Enderson Moreira do Goiás. Armou bem o time, aproveitou-se das vulnerabilidades atleticanas, ganhou e descansou a rapaziada. O Furacão sequer incomodou.

Eu que nem pensava em empate, com vinte minutos de jogo já tinha entregado a rapadura. Espero que tudo faça parte de planejamento que não alcanço, o time tenha economizado forças para o jogo contra o Inter e seu Vavá reencontre o caminho do gol perdido há algum tempo.

Vamos fazer de conta que perdemos quando podíamos perder, que foi um tropeço causado pelo horário de verão. Eu pelo menos acabei o domingo de cabeça quente.

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