O tempo mostraria o contrário. A Portuguesa cresceu e a partir dos 20 passou a jogar melhor, ter mais posse de bola, perder chances. A defesa do Atlético, dando muito espaço, permitia o matar da bola, o giro do atacante e o partir para o ataque sem incômodos, uma facilidade que só foi se encerrar lá pelos 30 minutos, quando Marcelo fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Éderson chutar para fora. O susto luso trouxe de novo o equilíbrio ao jogo.
O primeiro tempo mostrou o Furacão criando as melhores chances, Lauro fez ótima defesa em cabeceio de Baier, fez o gol, mereceu o resultado. A Portuguesa teve chances, mais posse de bola, provou que não estava morta.
A volta do vestiário mostrou que a Lusa estava muito viva. Foi um dos piores 45 minutos do Rubro-Negro na era Mancini. Jogado na defesa, rifando, perdendo todas as segundas bolas, o Atlético foi dominado e viveu do bico para Marcelo muito marcado, as poucas chances aconteceram nas bolas paradas. O Atlético não optou por defender e contra-atacar, foi obrigado, não teve capacidade para trocar passes, controlar o jogo, salvou-se.
A Portuguesa foi incompetente em transformar o amplo domínio em gols, a ausência de Gilberto foi providencial, seus substitutos estão longe da sua objetividade. É óbvio, encontrou na defesa atleticana obstáculo importante, quando Manoel bobeou, Weverton estava atento.
O Atlético parou de fazer gols. Coincidentemente com o afastamento de Dellatorre, agora lesionado, a fonte secou. A observação tem alcance limitado. Everton fez falta. O conhecimento do esquema atleticano, da forma de atuar de seus atacantes, também concorre para a ausência de gols.
Nada disso impede o Furacão de jogar organizadamente. O time que fez boas partidas contra Inter, Coritiba e Corinthians, forte no ataque e na defesa, tinha que manter o mesmo equilíbrio contra a Portuguesa, sabidamente um time de poucos recursos individuais. Nem nossas substituições funcionaram.
Mancini tem até quarta-feira para colocar o time para jogar bem novamente. Até lá é festejar os três pontos, o avanço na classificação, a manutenção da distância para os principais adversários. Estamos na cola de Grêmio e Botafogo. Podia ser melhor, sem tanto sofrimento, mais bonito, mas ganhou. O jeito é colher ensinamentos e seguir em frente.
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