quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CHEIO DE CONFIANÇA

Quando parecia que o Galo seria duro de engolir, botamos o bicho na panela de pressão, a torcida ajudou, Baier justificou a renovação do contrato e vencemos a poucos minutos da ceia ser servida. Foi sofrido. O Galo esperneou, tomou sete amarelos, teve dois jogadores expulsos em final de partida, mas cedeu. Ver o Furacão com 51 pontos na tabela é um sonho. Já me belisquei umas três vezes, não é sonho, estou acordado, é a mais pura verdade.  

O Furacão sem confiança, alheio a colocar a bola no chão, sair jogando com boa troca de passes, leva o torcedor a desacreditar do melhor resultado. Só a falta de confiança pode justificar as cabeçadas sem direção da defesa, os chutões para o ataque sem qualquer necessidade. A bola sobra para o defensor livre, podendo matar, sair para o jogo e o danado dá um cabeçadão para o adversário, rifa a bola sem o menor sentido.

Calma, não somos as flores do campo, não estamos para cair, o Galo que sufocou o Cruzeiro veio para jogar no contra-ataque, vamos no toque-toque, usando os dois lados do campo, ter o controle do jogo. Longe disso. O Atlético esqueceu o lado esquerdo, a saída de Botelho pode ter contribuído, e focou o esforço ofensivo pela direita, até Everton foi jogar por lá. Quase deu certo. Aos 32, o elétrico cruzou, Éderson raspou de cabeça, por um triz Baier não fez o centésimo.

O gol resiste em sair, o Furacão mostra nervosismo, o Galo ganha força. Aos 40, Tardelli exige ótima defesa de Weverton, aos 41 Alecsandro acerta a trave. Fomos para a conversa do professor Vavá com lucro.

Sai la pelota e Everton aos dois finaliza de fora com perigo. Começo a ter esperança. A audácia repercute rápido no avanço da defesa. Aos 4, Fernandinho colocou Weverton para jogar, ainda aos 4, Tardelli entrou livre, o moicano fez milagre, aos 5, Josué chuta de fora, a bola explode na cabeça de Manoel. Assustado com o Galo vingador, volta tudo ao que a antiga musa canta, nervosismo e dá-lhe chutão para Marcelo resolver o problema na escapada.

Mancini faz o que pode. Coloca Coutinho no lugar de Éderson, talvez agora um pouco de jogo pela esquerda, quando Alecsandro é expulso, Roger substitui João Paulo. Toda a força à frente, o objetivo é a vitória. O jogo pela direita finalmente começa a dar rendimento. Aos 37, Everton cruza, Coutinho cabeceia, Giovanni salva. Aos 39, Everton toca a Roger, daí a Paulo Baier, uma letra rápida, a bola procura espaço entre as pernas do zagueiro e se oferece novamente para Roger. Dois toques na redondoca e caixa. O jogo acabou.

Aí é esperar o fim da partida, a entrevista de Baier louco de faceiro com a renovação do contrato. Acho que o Atlético fez bem. O grupo gosta de Baier, a torcida gosta de Baier, o velhinho tem resolvido, pode não ser a estrela da companhia em 2014, mas vai ajudar. O pessoal contrário ao Fica PB só não pode agourar. Se existia uma vaga de idoso no Atlético, deixou de existir.

O Furacão tem que recuperar a personalidade, entender-se um time com jeito de jogar eficiente, jogadores comprometidos, desnecessário o nervosismo evidente. Agora, em final de campanha, tudo o que precisamos é de um velhinho inspirado e um Furacão cheio de confiança.

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