quarta-feira, 30 de outubro de 2013

NÃO TEM PLACAR EM BRANCO

A goleada que o Coritiba impôs ao Grêmio ajuda na análise do tricolor gaúcho. Um gol contra aos 15 segundos, outro de Alex aos 4 minutos desmontaram o esquema do seu Renato. O Coxa cresceu na marcação, impediu o meio campo gremista de atuar e foi marcando gols quando as oportunidades aconteceram.

O 4 a 0, sonho de todo torcedor rubro-negro para o jogo de hoje, foi obtido em lances de sorte, o gol contra especificamente, e elevado grau de precisão dos atacantes coritibanos. Alex, Robinho e Geraldo não perderam chances. Se a marcação funcionou exemplarmente, manteve o Grêmio sob pressão todo o tempo, os finalizadores foram cirúrgicos.

O amigo dirá que a vitória coxa serviu para muita coisa. Temos que marcar febrilmente, atacar, criar chances e aproveitá-las. Perfeito.

O chororô do pessoal das bombachas de favo de mel aponta para desconcentração em início de partida, a festa da classificação nas penalidades contra o Corinthians teria jogado o foco dos atletas para a partida de hoje, daí as falhas defensivas, o placar inacreditável. É bem possível. O time cresceu nas esporas, achou-se, e quando abriu os olhos já estava 2 a 0.

Reclamando da mídia, afagando seus atletas sapecados pelas venenosas flores do campo, Renato promete atitude, um time defensivo, os atletas só falam em não tomar gol. A escalação está sob segredo de justiça. Olhei, li, rebusquei notícias e escalei o time para o Portaluppi: Dida; Pará, Werley, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Ramiro, Souza e Riveros; Elano e Lucas Coelho.

Três zagueiros e três volantes fecham o setor defensivo. São velhos titulares em suas posições. Elano tem experiência, sabe organizar, é bom de bola parada. Lucas Coelho não conheço, escalei por ser preferência da imprensa gaúcha. O sobrenome indica rapidez, tudo o que o Grêmio precisa.

Resumo da ópera tricolor para a partida: marcar, marcar, marcar, jogar por uma bola no ataque. Algo que o Coritiba fez depois dos 2 a 0. Oito atrás, Alex e Julio Cesar na frente para organizar, dar rapidez às ações ofensivas.

Como o time do Renato pode atacar? Com o avanço dos laterais, o Coxa bloqueou muito bem Alex Telles, mais Ramiro pela direita, Riveros pela esquerda. O amigo ainda lembra da entrada de Riveros pelo meio da área marcando o gol da vitória gremista contra nós neste segundo turno. A missão principal é defender, a ação ofensiva acontecerá onde o Furacão mostrar vulnerabilidade.

Lembrando o filme clássico Um Domingo Qualquer, o Atlético não pode dar uma polegada de espaço em todo o campo. Marcar, forçar o erro, com chance colocar a bola para dentro eis a concepção da manobra tática. Jogar na vertical forçará o acúmulo de faltas, cartões e a possível exclusão do jogo.

Evitar entrar na catimba gaúcha é fundamental. Na última partida, tivemos dois jogadores expulsos, a derrota amarga. Ficou para trás, o jogo é outro, somos favoritos, temos que provar em campo o favoritismo. Eu confio. Repito. Com Éderson e Dellatorre em campo, não tem placar em branco.

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