terça-feira, 8 de outubro de 2013

INTELIGÊNCIA E RAÇA

O Atletiba acaba e Paulo Baier declara-se entre feliz e triste. Diz ele: “Escutei de alguns diretores que conversaram com meu empresário que seria o último ano” no Furacão. Segundo seu empresário, Baier foi comunicado no último dia 25 de setembro que seu vínculo não seria renovado com o Atlético.

A direção do Atlético é dona do seu nariz, segundo a imprensa decidiu-se pela comunicação prematura por se pensar mais honesto falar agora do que ao final do ano. Paulo Baier é um profissional, vai entender o que muita gente não entende, até um “Fica Paulo Baier” ecoou nas redes sociais. Paulo Baier é um profissional, entenderia da mesma forma no final do ano.

Substituir o velhinho não é coisa fácil. O que o Presidente Petraglia tem que perguntar aos seus fiéis “escudeiros” é quem vai ocupar o lugar de Paulo Baier em 2014? Já existe alguma contratação encaminhada? Discutem-se nomes? Ou se imagina que alguém já no elenco vá ocupar seu posto? Ou Mancini tem em mente modificar o esquema?

O meu temor é que repitamos em escala estratosférica o que fizemos este ano com a lateral esquerda. Mandamos todos embora, ficamos com Botelho, um jogador mediano, em outubro continuamos improvisando. Só com Botelho, por que não ficamos com Héracles, pelo menos teríamos outro lateral esquerdo mediano em condições de jogo.  Enfim, estará a transição para o fim da era Paulo Baier encaminhada?

Amigo de muitas chuvas e granadas me aponta o dedo acusatório, diz que em rodadas passadas reclamei de Baier, ontem exaltei o artilheiro do jogo. É verdade, disse que Baier podia ter aligeirado os passes nos contragolpes, o seu escanteio poderia ser mais coletivo, menos focado no gol olímpico. São detalhes a corrigir em atuação específica que não desmerecem o valor do jogador.

Em reunião de velhos soldados, amigo coxa, craque na juventude, elogiou Baier dos pés à cabeça. Ele sabe. Fez um muxoxo quando falei em Alex. Nada sobre técnica, sobre rendimento. Os elogios do amigo são os mesmos que a imprensa nacional dedica ao PB. Alguns não gostam, só para legitimar o conceito emitido pela maioria, afinal, segundo Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.

Para mim Baier tem emprego no Atlético até o final da vida, um novo Nilson Borges. Parando de jogar, vai ensinar a meninada. Baier jogou em todas as posições do campo, pode ensinar um lateral, um volante, um meia, um atacante. Ensinar no sentido da boa ocupação de espaços, da visão de jogo, do toque de bola, da cobrança de faltas, de assistências, da finalização a gol. Um dia alguém me falou em ajudar na formação do Atlético, eu queria Baier ao meu lado.

A diretoria deve ter suas razões, uma delas os eternos custos, Baier não deve ser um jogador barato. Jogador de futebol torna-se barato ou caro pela sua atuação em campo. Se Baier nos levar à Libertadores é baratíssimo. Fosse eu não eliminaria o velhinho dos planos assim tão facilmente. Faria a ele uma proposta salarial e deixaria a seu critério permanecer ou não no Furacão.

Nada mais que um toco e me voy. Baier poderia pisar na bola ou seguir o lance. A escolha seria dele. Se aceitasse eu ficaria louco de feliz, por uma simples razão. Vivi, brinquei, me acostumei e gosto de futebol com inteligência e raça.

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