sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CONHECEMOS SEU VALOR

O secretário-geral da FIFA alertou para o muito que fazer nas próximas semanas para que o Atlético consiga cumprir os 20% restantes para a conclusão das obras da Arena da Baixada. Ele e todos os atleticanos estão preocupados. A cada dia com uma armadilha nova no caminho, quem não estiver preocupado é irresponsável e a irresponsabilidade não faz parte do currículo da instituição Clube Atlético Paranaense.

Vai ser pauleira, mas a Arena vai ficar pronta. Curitiba cumprirá seu compromisso, esta é uma cidade de coragem. Para conviver com as cobras que dominam seus canteiros coragem é atributo indispensável. Ano passado escrevi texto com o título Poço das Almas, comparando Curitiba ao poço das almas que Indiana Jones teve que penetrar para iniciar sua busca da Arca Perdida, de lá para cá, as cobras só aumentaram, estão em todos os níveis.

Monsieur Jérome Valcke, que já concluiu pela dificuldade em se realizar a Copa do Mundo em um país democrático, precisava passar uma semana em Curitiba para entender a dificuldade de se construir um estádio nível FIFA no Poço das Almas, por vezes visitado por víboras alienígenas, para quem as mambas-negras locais se curvam respeitosamente. Tenhamos paciência. Vai dar certo.

Um aspecto particular deve estar alegrando o secretário. Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais que geraram a maior demanda por ingressos. Curitiba ganha destaque, pois não é sede nem da abertura, nem da final da Copa, logo é certo que brasileiros e estrangeiros estão aprontando suas malas para aportar na cidade ecológica, sem saber que atrás do título se escondem serpentes de todas as espécies.

Vem aí dinheiro grosso. Foz do Iguaçu que se prepare, Morretes bote água no barreado – na Amazônia vi gringo comendo melancia com farofa –, Vila Velha faça uma faxina nos seus arenitos, recepcionistas, baristas, taxistas, a tropa dos serviços força no inglês, a hora está chegando, todos estamos atrasados, o nosso prefeito então nem se fala.

A presente história de Curitiba faz lembrar a frase de Churchill ao final da Batalha da Normandia: Nunca tão poucos fizeram tanto por tantos. Os benefícios estarão batendo em todas as portas, favorecendo a curitibanos de todas as camisas, como deve ser. O Furacão, o pai de todas as benesses.

A Curitiba de gente calada, séria, trabalhadora, que acolheu gentes de todos os quadrantes do mundo merece os impressionantes esforços da nação rubro-negra.

O curitibano que luta dia a dia pela sua família, que vence barreiras, que dá seu sangue pela sua cidade pode não saber, mas nós, atleticanos de fé, com os olhos no futuro, conhecemos seu valor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário