terça-feira, 15 de outubro de 2013

CAMINHO DA AMÉRICA

Mancini me dá um susto danado. Diz ele: “Sabemos que talvez cinco vitórias possam nos dar uma vaga no G4”. Essa é a conta que eu não gosto. Logo depois me anima: “Vamos jogo a jogo. Acho muito importante pensarmos em cada adversário”. É isso seu Mancini, manda o estatístico tirar uma soneca, guardar os seus números para aquela reportagem bonita, cheia de gráficos, boa de visual, um perigo para            aqueles que acham que dá para deixar para depois.

Esqueçam-se os nove jogos restantes depois de quarta-feira, eles virão a seu tempo. Agora é hora de pensar no Galo, estudar a melhor forma de depenar e assar o bichinho, recheado com farofa daquelas bem condimentadas, os miúdos do próprio galináceo “forte e entregador” refogados com cuidado, dando sabor especial ao petisco.

O Brasil tem direito a cinco vagas na Libertadores. O Campeão da Copa do Brasil, estamos na luta, e os quatro primeiros colocados no Brasileiro. O que pode diminuir uma vaga é time verde-amarelo ganhar a Sul-Americana, então entrarão apenas os três primeiros do campeonato nacional.

O que pode aumentar uma vaga? Um dos quatro primeiros classificados no Brasileiro ganhar a Copa do Brasil, então o quinto entra. Exemplo, o Furacão chega em segundo, paralelamente ganha a Copa do Brasil, o quinto classificado ocupa a vaga atleticana.

Essa é a regra do jogo. Se o Presidente Petraglia se diz pretensioso, eu sou muito mais. Ele nem imagina. Perto de mim, o Presidente é um São Francisco com pombinhos arrulhando sobre os ombros. Nas minhas contas, em 2024, ano do nosso centenário, temos que ter uma placa na frente da arena magnífica com o título “Furacão Campeão De Tudo”.

Assim, melhor começar logo, ganhar este ano a Copa do Brasil, dar chance para outro brasileiro participar do torneio intercontinental.

As dificuldades para a obtenção da vaga na Libertadores, por qualquer dos critérios, começam pela simultaneidade das duas competições nacionais. Embora o cansaço bata às portas de todas as equipes, o Cruzeiro começa a dar seus primeiros sinais de fadiga, disputar Copa do Brasil e Brasileiro pode tornar as coisas mais difíceis.  Contusões, cartões, problemas causados pela torcida, são outros obstáculos ao sucesso.

O Atlético parece ter alguma reserva de gás a mais que seus concorrentes. Provou ter capacidade de jogar contra qualquer adversário com equilíbrio, fazer gols em todas as partidas. Repetir essas atuações é fundamental. Descanso entre os jogos, conhecimento perfeito e foco no adversário do momento podem ajudar muito.

Repetir Marcelo no jogo contra a Lusa é o segredo do negócio. Chegou livre, teve a chance, bola na rede. O caminho do gol é o caminho da América.

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