quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PASSA POR PAULO BAIER

O resultado no Romildão foi óbvio. O Corinthians com a defesa menos vazada do campeonato segurou o zero no placar e não teve forças para ultrapassar Weverton. Na única ótima chance que construiu, entrada vertical de Romarinho, o goleiro atleticano fez milagre. O nosso moicano está garantindo o bicho da rapaziada faz tempo, quando a casa está para cair, o milagre acontece.

O Atlético fez um bom jogo, jogou no ataque, finalizou mais, Manoel cabeceou uma bola na trave, jogou de igual para igual, poderia ter vencido. Do que gostei? Gostei de Mancini, gostei por que em momentos viu o jogo que eu vi, o que soa como nada lisonjeiro autoelogio, erro, vejo o que todo mundo vê.

O técnico rubro-negro voltou para o segundo tempo achando que o Furacão precisava entrar mais na área, chegar à linha de fundo era pouco. Quando Léo, com um tremendo espaço, cruzou uma bola de primeira, soltou um “trabalha a bola Léo”. O óbvio tem que ser dito. Uma estatística dessas para criar notícia positiva diz que o Atlético é o time que mais cruza bolas no Brasileiro. Precisava completar, informar quantos gols atleticanos saíram desses cruzamentos.

Chega a ser irritante. O jogador chega à linha de fundo livre de marcação, com tempo para olhar para a área e colocar a bola na cabeça do companheiro, aligeira-se e cruza na maluca, a bola atravessa a área e se perde pela linha de fundo. Perda irreparável de esforço. Isso não muda. Parece que a chegada à linha de fundo é o ápice da jogada, o cumprimento da missão, o cruzamento é apenas acessório, quando na verdade é a cereja do bolo.

O jogo serviu para avaliar os substitutos de Baier. O amigo vai dizer que em jogo de tamanho grau de marcação qualquer avaliação é prematura, melhor deixar para depois. Eu concordo, mas a avaliação tem que ser feita, outras acontecerão no futuro. O que achei? Zezinho não vi jogar no ataque, Mérida foi mais ofensivo, mas errou passes demais quando tinha boas condições de acerto.

Embora tenha ouvido um “posso rever” na entrevista de Petraglia, que ninguém ouviu, penso que a presença de Baier é indispensável neste fim de campeonato. A experiência do velhinho evita a pressa dos mais jovens, possibilita o melhor lance no momento de aflição, controla os nervos da equipe.

Alguém vai lembrar Petraglia, dizer que o Furacão não ganhou nada com PB, nem poderia ganhar. Só se fosse um Paranaense, ou só se ele fizesse milagres. Os times que o Atlético montou nesses últimos anos foram para frequentar o meio da tabela, voltarmos à primeira divisão foi um sufoco tremendo, o time e o treinador eram de segunda divisão mesmo.

O time atual é o de 2012 com retoques, montado para não cair, está em quarto na classificação geral. O mérito é coletivo, dentro deste coletivo está Paulo Baier. Excluí-lo do contexto vitorioso é atentar contra o bom senso. Por isso seu Mancini, aproveite o velhinho enquanto ele está disponível e tem vontade de jogar pelo Furacão. Bote para jogar. O caminho para a Libertadores passa por Paulo Baier.

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