Com Fran Mérida no lugar de Baier, o Furacão fez primeiro tempo dentro do esperado, com boa posse de bola, criando algumas chances, sem, entretanto, incomodar o goleiro Marcelo Lomba. O Bahêa atacou menos, mas obrigou Weverton a quatro defesas importantes, uma delas milagrosa desviando cabeceio de Obina.
O empate poderia ser considerado bom, não tivéssemos perdido Bruno Silva expulso ao cometer falta no ataque. Achei exagerada a expulsão do volante. O que eu acho de nada adianta, foi o Furacão com dez para o segundo tempo, o retorno com mais ofensividade morreu na expulsão.
Disse que jogar acordado na defesa era fundamental. Dois minutos da segunda fase, os zagueiros tiram uma soneca, Obina entra livre e encobre Weverton. Gol do tricolor de aço. O lance acontece no mínimo umas duas vezes por partida, Weverton tem feito milagres, ontem não deu.
O Bahia que vi jogar outras partidas continuaria na defesa, iria arriscar os contra-ataques. Por sorte isso não aconteceu. O time do seu Cristóvão foi ao ataque e ficou vulnerável. Com Dellatorre e Éderson em campo não tem placar em branco. Aos 12, Dellatorre escapou pela direita, olhou para a área, passou a bola rasteirinha para Éderson se antecipar a Lucas Fonseca Falha e empatar.
Seu Vavá fez suas substituições. Mérida por Zezinho, Dellatorre por Ciro, Ederson por Deivid e voltou ao bico para frente, forma de fazer a bola chegar no ataque que virou especialidade da casa. Quando Weverton repete minuto a minuto o tiro de meta longo, só o destino pode definir o jogo.
O Atlético só voltou a incomodar ao final da partida com finalizações de Everton e Zezinho de fora, e boa jogada individual de Ciro entrando pela direita para ótima defesa de Lomba. O empate pouco ajuda. O resultado que pode ser ótimo em mata-mata, no Brasileiro é pífio.
A entrevista de Marcão, ídolo da nossa melhor Libertadores, destaca ponto importante: “Temos que estar ligados em tudo e cuidar das armadilhas do sucesso. Às vezes deixamos de fazer as coisas que nos levaram o sucesso e é aí que as coisas começam a dar errado”. Por que paramos de fazer os gols que nos levaram ao sucesso? Ensinamos o caminho e perdemos a bússola.
O Furacão marcador de gols tem que renascer até quarta-feira. O empate contra o Grêmio no próximo jogo é fim de linha, melhor nem ir a Porto Alegre. Agora só a vitória interessa. Para vencer tem que jogar bem, fazer a bola passar pelo meio de campo, chegar organizado no ataque, evitar os cruzamentos que não visem a companheiro, finalizar com esmero.
O Atlético podia e tinha que ganhar do Bahia. Nada me consola.
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