quinta-feira, 31 de outubro de 2013

SORRISO DE CAMPEÃO

Eu não disse? Com Éderson e Dellatorre em campo, não tem placar em branco. Zezinho faz ótima virada de jogo para Éderson pela direita, o artilheiro olha, pensa, mira e lança Dellatorre entrando na área. A bola vai ao encontro da cabeça do milimétrico e gol do Furacão. Os dois se entendem, lá vamos nós para o Sul com vantagem, o amigo pode achar pouco o um a zero, eu acho uma mordomia de imperador chinês.

O placar nos dá a possibilidade da vitória, um a zero Grêmio vamos para pênaltis, qualquer empate é nosso, o tricolor tem que ganhar, se fizermos gol, por larga diferença. Seu Renato aponta para o retorno de seus três atacantes como trunfo para o jogo no campo da OAS, o mesmo time que tomou de quatro dos coxas. Um grupo que faz e toma gol, vamos com fé irmãos. Final à vista.

O Furacão fez jogo equilibrado, não foi a força ofensiva que eu esperava, mas compensou com boa marcação, permitiu ao Grêmio três a quatro ações ofensivas nível 1, em escala de 1 a 5, e uma nível 5 aos 91, esta só para atormentar meu coração abalado por segundonas e outras cositas más.

Achei até que o mosqueteiro sulino começou melhor, com controle da partida, o Atlético errando muitos passes na intermediária, Zezinho muito atrás, só fomos incomodar aos 13 com bom chute de Éderson entrando sobre o zagueiro direito. Aí fomos ganhando força. Aos 20, Léo foi para a jogada individual na vertical da área e falta perigosa. Toda vez que tentar vai ficar estendido no chão, é chance para Paulo Baier.

Aqui faço um reparo. Acertar o gol em bola parada é fácil, difícil é colocar força na batida e embocar a redondoca na gaveta. Se Baier não colocar velocidade na bola, vai atrasar todas para o Dida. Tem que arriscar, força e efeito, diferente disso vira Pato. Dida é um gato velho, aos 44 do primeiro fez defesaça em chute rasteiro de Everton, salvou o Grêmio.

O Rubro-Negro fez um segundo tempo cauteloso, forçou no ataque com Léo, Dellatorre e Baier pela direita sem conseguir o gol maracujá. É assim mesmo. O Grêmio gostou do resultado, ficou atrás, só foi dar um passinho à frente no final da partida com as substituições. A defesa atleticana jogou quando podia, rifou quando foi preciso.

Manoel virou lançador, precisa olhar um pouco para a esquerda, sempre tem alguém livre do outro lado. Baier cadenciou o jogo, buscou a aproximação dos companheiros, fez a sua parte. Gostei de Dellatorre, fez o gol e é jogador que dá sequência às jogadas, dificilmente perde bolas, erra passes, é de grande utilidade, tem ótimo entrosamento com Éderson.

Olho para Mérida e penso que no dia em que o aproximarmos do ataque vai dar samba, melhor, vai dar flamenco. El toreador sabe sair do touro com rapidez, perto do gol ficará em ótimas condições para o arremate ou assistência precisa. Ainda vou ver isso.

Renato saiu de campo preocupado, lembrou que pelo Brasileiro em POA deu um a zero tricolor, resultado que pouco ajuda, leva para as penalidades. Eu fui dormir vendo a bola entrando na rede, a torcida pulando como louca, louco de faceiro, na cara velha um sorriso de campeão.

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