terça-feira, 8 de julho de 2014

A GAROTA DE CAIOBÁ

Fui a Caiobá no último sábado e em dois minutos esperando o cálculo do desconto e o funcionamento do cartão a garota que me atendia discorreu sabiamente sobre as possibilidades da Canarinho. Em nenhum momento pude discordar do seu pensamento, se Felipão a conhecesse deixaria o Murtosa cuidando de vaca no seu longínquo Rio Grande.

O amigo também tem suas opiniões sobre esse monumental Brasil e Alemanha, todas elas perfeitamente válidas. Pode apresentar justificativas para a escalação de três volantes, a pura e simples troca de Neymar por William, tirar as dúvidas das sapiências embatucadas nas mesas redondas das principais redes nacionais de TV.

Para acertar na loteria das escalações basta conhecer com alguma profundidade a personalidade do senhor Felipe Scolari. Conhecido o lado de montar do gaúcho velho, muito difícil errar os onze a entrar em campo.

Com esse conhecimento, o treinador alemão já escalou o Brasil para a decisão de hoje, o troca-troca de coletes do treinamento brasileiro serviu apenas para esquentar as discussões no boteco, o seu Joachim já armou seu time com certeza quase absoluta dos nomes a enfrentar.

O mesmo com relação ao seu Felipão, ele sabe quem joga e como joga o time alemão. Bem armadas as equipes, fica para os jogadores a decisão de quem vai para a final. Um erro defensivo, o aproveitamento de uma única oportunidade no ataque e a vaga está definida. É jogo para vivos.

E eu, o que acho? Vou à história e lembro que o Brasil ganhou Copas contando sempre com supercraques na equipe. Ficou mais difícil, também por que os que sabem jogar estão mergulhados na marcação até o pescoço. Chegou a vez de ganhar apenas com futebol coletivo. É possível? Claro que é, tudo tem sua primeira vez, que o diga a garota de Caiobá.

PS: Já que o Felipão gosta tanto de marcar, quebra o meu galho, manda marcar Von Schweinsteiger.

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