Foi mais difícil do que eu pensava. Mesmo com bom primeiro tempo de Marcos Guilherme, muito solicitado por Doriva para fazer a ligação, a peça ofensiva atleticana sequer incomodou. Coutinho não apareceu, Marcelo teve dificuldades para engrenar a marcha, Éderson sem assistir, nem ser assistido, tentou uns chutes de fora sem a força necessária.
Estranho, muito estranho. Tinha que dar certo. E deu. O vestiário acordou Coutinho. Aos seis minutos recebeu livre na direita, olhou Marcelo procurando espaço no segundo pau e cruzou com perfeição, o papa-léguas só encostou de cabeça. Aos treze recebeu cruzamento de Sueliton, cabeceou forte, Bruno deu rebote e o gol deu relevância à sua participação. Dois a zero em sete minutos.
A atuação dos artilheiros garantiu os três pontos, o jogo coletivo, muito preocupado com a defesa, os laterais pouco foram ao ataque, garantiu a tranquilidade para a espera dos gols sem desesperos. Weverton não foi exigido, Deivid foi muito eficiente, os laterais bloquearam seus setores, faltou mesmo o entrosamento, o se achar em campo com a nova formação, quando deu o “clic” tudo se resolveu.
A Arena vazia permitiu que ouvíssemos Noriva exigir jogo de Marquinhos, ensinar Léo Pereira, exercer seu trabalho com correção. Foi um jogo melhor, mais controlado do que contra o Flamengo, naquela partida o Urubu perdeu boas chances, podia ter vencido. Ontem não. O Furacão foi melhor todo o jogo, o Tigre fraquinho, convenhamos, nem miar miou.
Estamos no caminho certo? Penso que sim. A tendência é ganhar confiança, entrosar cada vez mais, os laterais acontecerem no ataque, acertarem cruzamentos, Marquinhos começar a assistir, Éderson voltar a marcar. Claro que eu não abdico das contratações que reclamo todo dia, não é um céu de Brigadeiro, o amigo sabe, sabe, mas está adorando, eu também.
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