É irmãos, hoje o bicho vai pegar, o tsunami holandês está chegando na praia e é obrigatório entrar em campo, não dá para sentir desconforto, é mãozinha no ombro, cantar o Hino e correr atrás da bola.
Desacreditado o comando, o grupo ainda se refazendo do pânico criado por Khedira, Müller, Kroos, Klose, Özil e qualquer outro alemão que resolveu ir ao ataque, a camisa amarela entra em campo para juntar os cacos e sair da Copa do Mundo no Brasil pelo menos com dignidade.
O cenário catastrófico aponta para vitória holandesa, o tempo para a recuperação psicológica do time brasileiro foi mínimo, se treinar nunca foi prioridade, não seria agora necessidade primeira. O time vai com o que tem, com uma responsabilidade tremenda nas costas, perder pode, dar outro vexame nem pensar.
Assim, defender hasta el último cartucho. Primeiro salvar a honra, depois, na bola longa, no contra-ataque, tentar alguma coisa. Pego o elevador com o pediatra do prédio e ele reclama, diz que estão batendo demais na seleção, segundo seu avô “quem perdeu o guarda-chuva já foi castigado”. Se a crítica incomoda, o tsunami que se aproxima apavora.
O jogo é o começo de uma nova história, continuação de eterna campanha em que se perdeu batalha aniquiladora. Nessas horas o melhor exemplo é o soldado. É lavar as feridas, catar os restos de munição, comer resquícios da ração insossa e fria, beber a água quente do cantil velho e seguir em frente, atrás de alguém que dê um grito, que lidere, a Pátria soprando a vida, como homens. Coragem Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário