Três a zero fora o baile. O jogo foi
definitivo para se estabelecer a capacidade do Atlético no Brasileiro. Contra
um time maduro, organizado, com bom toque de bola, sem contar com os milagres
de Weverton, o Furacão perdeu sem nada a contestar. Um choque de realidade.
O Fluminense dominou amplamente, fez
um em chute de fora, mais um pênalti em saída de Weverton e dois a zero no
primeiro tempo. Foi um treino de luxo, titular contra juniores. Nem fisicamente
o Atlético incomodou, todos os entrechoques foram vencidos pelos tricolores.
Preocupante.
Veio o segundo tempo sem mudanças.
Penso que o Doriva poderia mobiliar melhor o meio de campo. Tirar Éderson e
entrar com Bady, ou um volante, estava fácil demais para o Flu. Fomos para o
jogo como estávamos, avançamos um pouco a defesa e conseguimos jogar no ataque
sem incomodar Cavalieri.
O terceiro gol do Flu veio em cobrança
de lateral, uma desatenção nível suburbana. Vieram as mudanças e chegamos ao
ataque, conseguimos alguns chutes de fora, para fora, o goleirão do Flu só fez
uma defesa importante.
Todas as fragilidades do Atlético se
fizeram presentes. Individualmente os três atacantes inexistiram, juntos nada
produziram. Marquinhos tem que ter sua titularidade absoluta colocada em
dúvida, sua eficiência questionada. Sem meio a velocidade inexiste, sem
laterais que avancem o time parou na casa nova.
A defesa todos conhecemos. O gol de
lateral passa o carimbo. Natanael resolveu que vai fazer gol de falta do meio
de campo. Sobe o time todo para dentro da área e ele atrasa para o goleiro. O
jogo é coletivo Natanael. Para quem comanda o futebol do Furacão a verdade foi
estabelecida. Espero que tenha sofrido um abalo salvador.
Não foi um 7 a 1, não é terra
arrasada. É entender a real capacidade da equipe. Um time que passou sessenta
minutos correndo atrás do adversário tem que mudar, trocar jogadores, achar um
novo jeito de jogar que minimize suas deficiências, lhe garanta algum poder de
combate.
Foi uma ducha de água fria na vazia
Arena. Eu queria um time com três atacantes, pressionando. Sem pressão, na
roda, o jogo mostrou que esse não é o caminho. Temos que contratar, temos que
mudar. Ontem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário