quinta-feira, 29 de outubro de 2015

AMANTE FIEL

Quem diria, o Furacão acabou em falha grotesca aos três minutos do primeiro tempo jogando pelada contra o desconhecido Sportivo Luqueño nos arredores de Assunção no Paraguai. Demorei horas para me recompor, olhar para o teclado sem ter vontade de lançar cobras e lagartos sobre a tela em branco, cair na real, entender que minhas esperanças eram apenas fruto da paixão que nos embota a vista, cria miragens impossíveis de acontecer no deserto que qualidade que é o Atlético.

O desastre às margens do Ypacaraí foi o epílogo de um ano horroroso em que quase caímos para a segunda divisão no Paranaense, fomos eliminados pelo Tupi de Minas Gerais na Copa do Brasil, vivemos experiência de cavalo paraguaio no Brasileiro e agora fomos defenestrados da Copa Sul-Americana, voltamos para o Caju cantando tristes melodias em guarani.

Não vamos falar em nomes, a menina do 2301, que saiu para o trabalho chutando a lixeira, conhece todos eles, só não sabe o comentarista da Fox, a maior e mais rápida queda do cavalo da história da crônica esportiva nacional. Desculpem o esquecimento. O pessoal do Departamento de Futebol do Atlético também não sabe. Deste ano de horrores três aspectos têm que ser ressaltados.

Primeiro: Tem competição para se jogar o ano todo, com a Sul-Minas teremos ainda mais, você só não chega a uma final se não quiser. Segundo: Para se chegar a uma final são necessários jogadores com qualidade e experiência. CT, Arena, nada disso entra em campo, ajudam, mas não entram em campo. Terceiro: Em termos de futebol El Paranaense está completamente perdido. Com a permanência na primeira divisão o ano estará ganho. No 2015 em que tivemos zero de juízo, dona sorte foi muito mais que companheira, foi amante fiel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário