Quem diria,
o Furacão acabou em falha grotesca aos três minutos do primeiro tempo jogando
pelada contra o desconhecido Sportivo Luqueño nos arredores de Assunção no
Paraguai. Demorei horas para me recompor, olhar para o teclado sem ter vontade
de lançar cobras e lagartos sobre a tela em branco, cair na real, entender que
minhas esperanças eram apenas fruto da paixão que nos embota a vista, cria
miragens impossíveis de acontecer no deserto que qualidade que é o Atlético.
O desastre
às margens do Ypacaraí foi o epílogo de um ano horroroso em que quase caímos
para a segunda divisão no Paranaense, fomos eliminados pelo Tupi de Minas
Gerais na Copa do Brasil, vivemos experiência de cavalo paraguaio no Brasileiro
e agora fomos defenestrados da Copa Sul-Americana, voltamos para o Caju cantando
tristes melodias em guarani.
Não vamos
falar em nomes, a menina do 2301, que saiu para o trabalho chutando a lixeira,
conhece todos eles, só não sabe o comentarista da Fox, a maior e mais rápida
queda do cavalo da história da crônica esportiva nacional. Desculpem o
esquecimento. O pessoal do Departamento de Futebol do Atlético também não sabe.
Deste ano de horrores três aspectos têm que ser ressaltados.
Primeiro: Tem
competição para se jogar o ano todo, com a Sul-Minas teremos ainda mais, você
só não chega a uma final se não quiser. Segundo: Para se chegar a uma final são
necessários jogadores com qualidade e experiência. CT, Arena, nada disso entra
em campo, ajudam, mas não entram em campo. Terceiro: Em termos de futebol El Paranaense
está completamente perdido. Com a permanência na primeira divisão o ano estará
ganho. No 2015 em que tivemos zero de juízo, dona sorte foi muito mais que
companheira, foi amante fiel.
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