quinta-feira, 8 de outubro de 2015

VEM COMIGO

Alguém me pergunta sobre o cargo de treinador de futebol. Tenho uma visão que pode ser muito diferente da estabelecida em nossos clubes, digo pode porque sou torcedor como o amigo, não vivo o dia a dia dos CTs, leio, assisto entrevistas, vejo aquele corre-corre do treinador bolas e apito nas mãos parecendo um general ateniense instruindo tropas para enfrentar os persas ao comando de Rodrigo Santoro fantasiado de Xerxes da Sapucaí.

Vejo o treinador como um estrategista, de posse dos conhecimentos da sua equipe e do adversário, trabalho do DIF, debruçado sobre o planejamento para o jogo, pensando a segurança, o por onde atacar, como atacar, os adversários a anular, aqueles a servir de brecha a aproveitar, paremos por aqui.

A partir daí o time vai para o campo. Não com o treinador. Com os especialistas. Se a troca de passes está mal, que alguém que conheça métodos de treinamento de jeito no problema. Se a bola aérea defensiva é vulnerabilidade, que pai da matéria gaste seu tempo e aperfeiçoe. Se temos que atacar pela direita que as ações sejam treinadas e retreinadas até a exaustão. O coletivo, contra time preparado para atuar como o adversário da hora, terá a supervisão do treinador, o ajuste final fica a seu cargo.

O jogo é do estrategista, assessorado por toda sua equipe de estatísticos e especialistas. Algo equilibrado, programado para um rendimento de 65%, salários adequados para todo mundo. É claro, tem que ter jogador, empresário deve levar a lancheira do craque até a porta do CT e voltar para casa. É assim que vejo o cargo de treinador. Por quaisquer 10 pilas eu assumo. O amigo entende de bola aérea? Vem comigo.

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