Alguém me pergunta sobre
o cargo de treinador de futebol. Tenho uma visão que pode ser muito diferente
da estabelecida em nossos clubes, digo pode porque sou torcedor como o amigo,
não vivo o dia a dia dos CTs, leio, assisto entrevistas, vejo aquele
corre-corre do treinador bolas e apito nas mãos parecendo um general ateniense
instruindo tropas para enfrentar os persas ao comando de Rodrigo Santoro
fantasiado de Xerxes da Sapucaí.
Vejo o treinador como um
estrategista, de posse dos conhecimentos da sua equipe e do adversário,
trabalho do DIF, debruçado sobre o planejamento para o jogo, pensando a segurança,
o por onde atacar, como atacar, os adversários a anular, aqueles a servir de
brecha a aproveitar, paremos por aqui.
A partir daí o time vai
para o campo. Não com o treinador. Com os especialistas. Se a troca de passes
está mal, que alguém que conheça métodos de treinamento de jeito no problema.
Se a bola aérea defensiva é vulnerabilidade, que pai da matéria gaste seu tempo
e aperfeiçoe. Se temos que atacar pela direita que as ações sejam treinadas e
retreinadas até a exaustão. O coletivo, contra time preparado para atuar como o
adversário da hora, terá a supervisão do treinador, o ajuste final fica a seu cargo.
O jogo é do estrategista,
assessorado por toda sua equipe de estatísticos e especialistas. Algo
equilibrado, programado para um rendimento de 65%, salários adequados para todo
mundo. É claro, tem que ter jogador, empresário deve levar a lancheira do
craque até a porta do CT e voltar para casa. É assim que vejo o cargo de
treinador. Por quaisquer 10 pilas eu assumo. O amigo entende de bola aérea? Vem
comigo.
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