Walter e Nikão se
integram ao Atlético em Brasília, participam de treinamentos, estão prontos
para o jogo com o São Paulo. É um alento, um sopro tocado pela janela da esperança,
entreaberta milímetros, de qualquer forma um estímulo ao assistente assíduo de
finalizações especializadas em assustar entusiasmados torcedores de trás das
metas.
Seu Osório está cheio de
desfalques no seu São Paulo, mas viu o jogo do Furacão, se não viu ouviu aos 20
o locutor mandar um “com emoção” na bola nas costas de Kadu, aos 22 um “Deus do
Céu” em cabeçada para trás do mesmo zagueiro de dar calafrios nos restos de
Ramsés III. Osório não é tolo, sabe o caminho, vai forçar onde a fragilidade
mora.
O nosso camoniano
treinador tem que fortalecer a defesa, marcar individualidades, por favor, sem
querer mostrar inteligência, é jogo para defender com tudo, não deixar jogar,
assistir de joelhos à beira do campo, a família em casa dedilhando rosários,
correndo aqui e ali mantendo os lumes das velas acesos a todo custo.
Nosso Mourinho de
caravela tem que entender que não é jogo para crianças, o ataque tem que ser
formado por adultos com experiência, que possam pegar uma bola e colocar na
rede. Amigo, sei que te cansei com más notícias. Infelizmente nosso Furacão não
tem quem saiba bater uma falta direta, cumprimentar uma bola em cruzamento,
tirar uma bola do goleiro no um contra um. Que fazer? Não é culpa minha. Eu só
escrevo o que vejo. Mesmo assim, que uma súbita calmaria, uma corrente
imprevista, nos abra as portas da esperança.
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