sábado, 3 de outubro de 2015

PORTAS DA ESPERANÇA

Walter e Nikão se integram ao Atlético em Brasília, participam de treinamentos, estão prontos para o jogo com o São Paulo. É um alento, um sopro tocado pela janela da esperança, entreaberta milímetros, de qualquer forma um estímulo ao assistente assíduo de finalizações especializadas em assustar entusiasmados torcedores de trás das metas.

Seu Osório está cheio de desfalques no seu São Paulo, mas viu o jogo do Furacão, se não viu ouviu aos 20 o locutor mandar um “com emoção” na bola nas costas de Kadu, aos 22 um “Deus do Céu” em cabeçada para trás do mesmo zagueiro de dar calafrios nos restos de Ramsés III. Osório não é tolo, sabe o caminho, vai forçar onde a fragilidade mora.

O nosso camoniano treinador tem que fortalecer a defesa, marcar individualidades, por favor, sem querer mostrar inteligência, é jogo para defender com tudo, não deixar jogar, assistir de joelhos à beira do campo, a família em casa dedilhando rosários, correndo aqui e ali mantendo os lumes das velas acesos a todo custo.

Nosso Mourinho de caravela tem que entender que não é jogo para crianças, o ataque tem que ser formado por adultos com experiência, que possam pegar uma bola e colocar na rede. Amigo, sei que te cansei com más notícias. Infelizmente nosso Furacão não tem quem saiba bater uma falta direta, cumprimentar uma bola em cruzamento, tirar uma bola do goleiro no um contra um. Que fazer? Não é culpa minha. Eu só escrevo o que vejo. Mesmo assim, que uma súbita calmaria, uma corrente imprevista, nos abra as portas da esperança.

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