O Atlético começou o ano
com um time sub-23 perdendo a bandeiras enlutadas e termina o ano da mesma
forma, com um time de meninos resistindo até não poder mais, tomar o gol
matador e esperar o tempo passar para voltar para casa, reconfortar-se no colo
das mães. Que não se culpem os jogadores, nada se faz sem um mínimo de inteligência
por trás do trabalho duro e esse é o problema do Atlético, a mais pura falta de
inteligência.
O Atlético entrou em
campo como o paciente que adentra ao hospital com hemorragia grave, o braço
esquerdo esguichando sangue, prelúdio da morte inevitável. O médico, as enfermeiras
correm armários, procuram agulhas, suturas e nada encontram, nada para tamponar
a brecha, ela está lá, clara, borbulhante, mas nada se faz, que se chame o
cura, que venha paramentado, pelo menos para aliviar os pecados.
O golpe fatal acontece,
o Furacão estrebucha, quem sabe um milagre ainda possa salvar o morto, mas de
novo a falta de qualquer argúcia põe tudo a perder. Os homens de área, eu disse
homens de área, caem pelos lados do campo, fogem do ponto onde podem resolver, limitam-se
a espaços tão restritos, tão impeditivos à ação que qualquer esperança se
desvanece, é ir preparando o discurso, aquele do trabalho, do trabalho sem
inteligência.
Amigos, acho o futebol
do Atlético de um primarismo difícil de encontrar pelos terrões deste imenso
Brasil. Assiste-se ao jogo até o final na espera de um acaso, de uma falha
grotesca do adversário, mentira minha, assiste-se por assistir, por dever, esta
a mais pura verdade, por dever. Pois bem, eu assisti, agora, todos vocês,
dirigentes, técnico, preparadores, embromadores, jogadores, vão todos para o
raio que os parta.
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