terça-feira, 20 de outubro de 2015

INFELIZMENTE

Sai do jogo mais cedo, passei pela torcida do Corinthians, grande parte dela já estava ali na Petit, recebi o agradecimento dos manos e segui para casa, o vizinho gritou lá do outro lado rua um “veja lá o que vai escrever”, trocamos umas palavras e cheguei para ver o segundo tempo de Grêmio 2, Chapecoense 0. Tudo normal. Como escreveram ontem os principais colunistas da cidade para Timão 4 a 1, o resultado óbvio, inquestionável.

Não é bem por aí. A tal Chapecoense do Apodi foi para cima do Grêmio, empatou, teve jogador expulso e aos 50 marcou o terceiro, venceu o tricolor na arena azul. Esse é o futebol, o futebol que dá gosto ver, o futebol do impossível, sempre possível.

Por isso discordo dos colunistas da terra. O Atlético podia ter perdido do Corinthians, o jogo era coluna dois mesmo, mas não podia ter errado tanto, oferecido em bandeja de prata a vitória ao Timão. Os jogadores atleticanos não têm a mesma qualidade dos alvinegros, claríssimo, mas para que serve o esquema, o esforço, a luta, o bola para o mato que o jogo é de campeonato, o marca, marca, o chega junto, o vamos pra cima.

O Atlético é um time defensivamente perdido, sem cobertura, nas bolas paradas um mamão com açúcar para o adversário. Os jogadores sabem que a defesa é ruim e nem reclamar reclamam. Vão para o bola ao centro como cordeiros no matadouro. Isso não é time de futebol, alguém tem que ir lá e dar uma bronca, berrar no ouvido do Kadu, se ficar tudo no acontece, coisa do futebol, nada vai mudar, já estamos na segunda divisão. Se ninguém der um grito ainda hoje, este é o rumo do Furacão. Infelizmente.

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