Sai do jogo mais cedo,
passei pela torcida do Corinthians, grande parte dela já estava ali na Petit,
recebi o agradecimento dos manos e segui para casa, o vizinho gritou lá do
outro lado rua um “veja lá o que vai escrever”, trocamos umas palavras e
cheguei para ver o segundo tempo de Grêmio 2, Chapecoense 0. Tudo normal. Como
escreveram ontem os principais colunistas da cidade para Timão 4 a 1, o
resultado óbvio, inquestionável.
Não é bem por aí. A tal
Chapecoense do Apodi foi para cima do Grêmio, empatou, teve jogador expulso e
aos 50 marcou o terceiro, venceu o tricolor na arena azul. Esse é o futebol, o
futebol que dá gosto ver, o futebol do impossível, sempre possível.
Por isso discordo dos
colunistas da terra. O Atlético podia ter perdido do Corinthians, o jogo era
coluna dois mesmo, mas não podia ter errado tanto, oferecido em bandeja de
prata a vitória ao Timão. Os jogadores atleticanos não têm a mesma qualidade dos
alvinegros, claríssimo, mas para que serve o esquema, o esforço, a luta, o bola
para o mato que o jogo é de campeonato, o marca, marca, o chega junto, o vamos
pra cima.
O Atlético é um time
defensivamente perdido, sem cobertura, nas bolas paradas um mamão com açúcar
para o adversário. Os jogadores sabem que a defesa é ruim e nem reclamar
reclamam. Vão para o bola ao centro como cordeiros no matadouro. Isso não é
time de futebol, alguém tem que ir lá e dar uma bronca, berrar no ouvido do
Kadu, se ficar tudo no acontece, coisa do futebol, nada vai mudar, já estamos
na segunda divisão. Se ninguém der um grito ainda hoje, este é o rumo do
Furacão. Infelizmente.
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