sexta-feira, 23 de outubro de 2015

CORAÇÃO DE MADRE TERESA

Do rescaldo de Atlético e Sportivo Luqueño surgiram duas declarações que sou obrigado a comentar. A primeira é do seu Cristóvão. Lá vai: “Já no segundo tempo, conseguimos o que precisávamos e colocar em prática nossas características, que são a bola no chão e troca de passes".

Até ontem o Atlético era o time da transição rápida. Agora é o time da bola no chão e troca de passes. Não vamos nos perder em adjetivações. O Atlético é um time com problemas, em que o novo treinador tenta impor sua forma de ver o jogo, isto é, bola no chão e troca de passes. Creio que está no caminho certo, rearrumou o meio de campo, acertou posicionamentos, a volta de Nikão ajuda muito. Ainda está longe de atingir seus objetivos. Até lá, menos.

Outra é do presidente Petraglia. Lá vai: “Será que seria pedir muito para a torcida para que não vaiem os nossos jogadores quando acontecem jogadas erradas! Eles sentem a cobrança!”.

Sou de uma profissão em que o menino de dezoito anos é exigido no seu limite, tem o único direito de não ter direito, sabe que se errar corre perigo, pior, expõe seus companheiros ao perigo, o crime mais grave que ele pode cometer. O jogador brasileiro é muito mimado, disse essa semana seu Mano Menezes no programa Bola da Vez. Eu concordo plenamente.

Esses jogadores do Atlético não erraram ontem, vem errando o ano todo. Atendendo ao presidente não vou dar exemplos, mas eles estão aí escancarados. Por favor comandante. Tem jogador do Atlético que acabado o jogo deveria ficar correndo mais uma hora em volta do campo cantando “Sou bisonho! Sou bisonho!”. E olhe que eu amanheci com o coração de Madre Teresa.

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