sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CHUTANDO NO ESCURO

Sento para cortar o cabelo, o assunto vai para o futebol paranaense, o cliente da cadeira ao lado entra no papo, fala do Atlético, diz que conhecido até hoje não recebeu a paga por serviços na arena, o dito cujo que seria muito ligado ao presidente Petraglia hoje é seu feroz inimigo. Papos de salão quase de beleza, tem uma rapaziada tão chegada a cremes e shampoos que eu penso em indicar aos meninos a velha Antisardina, “o segredo da beleza feminina”. Só penso.

Se eu fosse candidato à presidência do Atlético, a situação financeira do clube seria minha primeira preocupação. Quem sabe quanto o Atlético deve? A quem? Quanto da receita futura da televisão já está empenhado? Certamente um círculo muito restrito de diretores ligados à área de finanças do Furacão conhece esses dados. Sem saber as dívidas, sem conhecer receitas, impossível fazer promessas, dizer que um grande time vai ser montado, a expectativa maior do eleitorado rubro-negro.

Assim vejo proliferar as candidaturas com desconfianças limitadas ao meu pouco conhecimento das pessoas que as integram, vai lá o saber que imagino necessário está de posse dos candidatos, desde já têm em mente dispensas e contratações rigorosamente enquadradas nos orçamentos disponíveis em 2016.

Enquanto não surgir a chapa da situação apoiada por Petraglia, o quadro para a eleição de dezembro estará indefinido. Até lá fico na encolha. Desconfiado. Embora em campo pareça ser um time amador, o Atlético ficou grande demais, o eleitor vai ter que estudar para colocar seu voto na urna, o tempo do apelo emocional, das promessas ficou para trás. A bem da verdade, quem prometer qualquer coisa em termos de futebol estará mentindo. Chutando no escuro.

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