quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A LA CHASSE

Paulo Baier nem embarcou, segundo o DM vítima de uma amigdalite. Nem o desconforto, a gripe das canelas, nem a terrível pubalgia, no Caju, o que arrasa é a amigdalite. Já ferrou Manoel, Everton, agora Paulo Baier, deve ser a água.

Sem Paulo Baier tenho calafrios. Não pela presença do capitão, existem jogadores para substituí-lo em boas condições, mas pela possibilidade do meu pior inimigo entrar em campo no Maracanã, o amigo sabe, falo dos três volantes.

Tremo de medo, mas já estou conformado. Como já estava conformado com o julgamento do ministro Celso de Mello. No seu livro Código da Vida, Saulo Ramos, ex-Ministro da Justiça em tempos pretéritos, conta embate com o atual decano do Supremo encerrado com um sonoro “juiz de merda” proferido contra o protetor dos meliantes. O embate está em detalhes na obra citada.

No Brasil, se você se engajar decisivamente nesses assuntos, acaba fulminado por enfarto total e irrestrito, sem direito ao recurso da angioplastia salvadora, vai repousar na lousa fria e os vagabundos vão comemorar em cruzeiro pelo Caribe. Melhor garantir a saúde.

Voltando a la pelota, à minha conformação, espero que os cinco dias de descanso e trabalho tenham rendido bons frutos, o Furacão tenha se recuperado da ausência de gols das últimas rodadas, pequenos defeitos tenham sido corrigidos.

Mancini diz que quer “ver um time vibrante, de entrega, que não dê nenhum espaço ao Flamengo, que marque e jogue em cada centímetro do campo”. A declaração me soa a defender e eu não gosto de defender. Você defende quando é inferior ao adversário, tem meios de menor qualidade. Pior, melhor se jogar na defesa e esperar pela sorte no ataque.

Não é o caso do Atlético contra o Flamengo. A primeira linha de quatro, dois volantes, Marcelo e Dellatorre se alternando pelos lados do campo, Everton organizando pelo meio e Éderson para encostar para as redes, e estamos em plenas condições de jogar no ataque com muita eficiência.

Estou reclamando sem saber da escalação, vendo fantasma só com o barulho na folha. Culpa um pouco dos tais treinos secretos, ninguém sabe de nada, só o inimigo. Semana passada, descobri em blog de torcedor do Cruzeiro que Felipe poderia jogar em BH. Como o cara comendo seu pãozinho de queijo lá nas alterosas tinha a informação?

Sem solução para o meu desconhecimento, passarei o dia imaginando que Mancini vai escalar seus melhores caçadores, fazer uma preleção heroica e, ao seu final, enxotá-los do vestiário com o grito que leva os pilotos de caça franceses ao ataque: “A la chasse”.

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