domingo, 8 de setembro de 2013

DIA DE QUEBRAR ESCRITAS

Hoje estaremos frente a frente com velho fantasma lusitano, no seu campo de jogo, em final da tarde na colina, tem tudo para ser de arrepiar os cabelos. Pelo menos o espectro que me assombra parece ter saído da era medieval, não arrasta mais correntes para enclausurar o visitante no seu vestiário, não tem mais o apoio da polícia para segurar a torcida adversária a quilômetros de distância de São Januário.

A melhora do nível civilizatório é animadora, embora se saiba que o Vasco perdeu quatro mandos de campo pela briga de torcidas em Brasília, só jogará em casa contra o Furacão pela possibilidade de recorrer do julgamento.

Esquecidas as sombras do caminho, cabe entender o time cruzmaltino, conhecer quais as chances de vitória do Furacão, que para mim se acontecer será a primeira, não recordo sequer de termos empatado em São Januário.

Assisti Vasco e Náutico na arena Pernambuco, um três a zero com direito a água de coco. O time do navegador começou com Diogo Silva; Fagner, Jomar, Cris e Henrique; Pedro Ken, Abuda e Wendel; Willie, André e Marlone.

O amigo gosta de desenho tático? Pois vamos lá. Uma primeira linha de quatro, dois volantes, Abuda e Wendel, e um losango no ataque. Pedro Ken à frente dos volantes, Willie aberto na direita, Marlone na esquerda, André avançado no meio dos zagueiros. Willie e Marlone trocam de posição constantemente.

No primeiro tempo, esse time pouco conseguiu no ataque, três chutes de fora do lateral Fagner foram os únicos incômodos para o goleiro Timbu. Para ressaltar algum aspecto, a velocidade de Willie, a aplicação no atacar e defender de Marlone e Willie, o avanço de Fagner, lateral com tendência a jogar quase como meia direita deixando Abuda em apuros para cobrir suas subidas. O Náutico conseguiu alguns cruzamentos pelos dois lados do campo e foi só.

Sem encontrar o caminho do gol, o navegador Dorival Junior fez duas substituições no intervalo. Wendel por Juninho Pernambucano, Pedro Ken por Dakson. O amigo deve estar pensando o que Juninho estava fazendo no banco. Eu também. Essa não foi minha única surpresa.

Começa o segundo tempo e com um minuto Dakson manda um chutaço rente à trave. Aos dois enfia uma bola preciosa para Willie marcar um a zero encobrindo o goleiro. O rapaz acertou o meio de campo do Vasco. Aos seis Juninho colocou Willie livre pela direita, o cruzamento saiu rasteiro para Marlone fazer dois a zero. Então, o Náutico que deveria se manter flutuando, nadando pela sobrevivência,  fez água ao segundo balaço, soçobrou sem luta.

O desânimo alvirrubro deu liberdade total a Dakson. Abuda ficou só na proteção da defesa e ele avançou, foi distribuir bolas, colocar os companheiros em condições de marcar, aos 45 serviu Marlone livre na cara do gol, três a zero Vasco. Com o companheiro tomando conta do jogo, Juninho passeou pelo campo, descansou para o jogo com o Furacão.

O time que Dorival Junior vai colocar em campo só ele sabe. Eu espero que não coloque Dakson, que opte pelo time do primeiro tempo. Se colocar, é bom marcar o audacioso, aproveitar os lados do campo, a jogada de velocidade sobre Cris, marcar e deixar o marinheiro sofrer com a onda da torcida. Quer uma boa notícia? Temos boas chances, acho que hoje é dia de quebrar escritas.

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