domingo, 29 de setembro de 2013

EM PONTO DE BALA

Penso ter interpretado mal as palavras do oráculo sobre o resultado entre Botafogo e Ponte. Disse-me a voz que tudo sabe que o fim da peleia levaria à desolação de ambas as torcidas. Conclui pelo empate. Erro meu, deu Ponte. Desanimado Seedorf, deprimido continua o torcedor campineiro. Mesmo com a vitória, a Macaca ainda é a penúltima colocada na competição. Preciso melhorar minha capacidade interpretativa.

Fato é que a vitória simiesca foi ótima para o Furacão. Três pontos hoje e ocupamos a segunda posição, nos fortalecemos no G4. Assim, vamos enfrentar o Leão com toda força, com a torcida inflamada ocupando todas as dependências da Vila Caldeirão. Temos que vencer.

O time do seu Ney Franco vem a Curitiba com ganas de dificultar ao máximo para o Furacão. Vem escalado com Wilson; Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Luiz Gustavo e Elizeu; Escudero e Renato Cajá; Marquinhos e Dinei. A novidade é Luiz Gustavo, zagueiro recém-chegado do Palmeiras, pronto a ocupar vaga no meio campo leonino, proteger a defesa do goleiro Wilson.

Contra o Grêmio, um zero a zero enfadonho, o Leão provou ser bom de defesa e fraco no ataque. A presença de Luiz Gustavo pode ajudar na organização com três zagueiros, utilizada para facilitar a subida dos laterais, principalmente Juan, ex-Flamengo, às vezes ponta, às vezes meia, até dentro da área aparece. Ayrton é menos frequente na frente, fica mais, dá mais liberdade a Juan.

A peça ofensiva funciona com base na movimentação de Marquinhos, de preferência pela direita, mas com disposição e velocidade para ocupar todos os espaços disponíveis. Cajá está em má fase, Dinei é o fixo entre os zagueiros, o amigo conhece, Escudero pouco produz. O volante Elizeu chega ao ataque uma vez na vida outra na morte.

Com desfalques importantes, o ataque do Vitória anda com as garras pouco afiadas. Pode incomodar no contra-ataque puxado por Juan, nas bolas paradas para o cabeceio de Dinei e do zagueiro Victor Ramos. As entradas de Artur Maia e Alemão criaram chances importantes no final do jogo contra o tricolor gaúcho. Estarão à disposição no banco.

O lado de atacar para o Atlético é o direito, aproveitando o avanço de Juan e a fragilidade de Kadu. Contra defesa solidamente estabelecida, a bola parada terá importância fundamental. Baier vai ter que caprichar. No mais é botar pressão, vigiar Marquinhos, ter paciência e vencer.

Espiando estatísticas observei que o Cruzeiro tem dez vitórias em casa contra seis do Furacão. A diferença está aí. Empatamos demais em domicílio. Estatísticas servem para apontar o caminho, assim, hoje é dia de reverter tendências, dia de vencer a qualquer custo.

Animado pela voz que tudo sabe já estou aquecendo para a batalha. O amigo ainda está na cama? Pois, levante-se, concentre-se, comece a fazer gargarejos, cantar hinos, vamos precisar de você em ponto de bala.

 

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