segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TETO RETRÁTIL


Temos que terminar a Arena o mais rápido possível e com teto retrátil. Por incrível que pareça, o Furacão da velocidade é cheio de luxos, patina, escorrega, tem na chuva, no gramado difícil os maiores inimigos.

Os resultados da tarde foram ótimos, o Fogão perdeu para o Bahia, o Timão empatou com a Raposa. Três pontos, passamos o Grêmio e nos aproximamos da estrela solitária. Os três pontos vieram, mas com que dificuldade.

A chuva torrencial determinante dos problemas não impediu o gol rubro-negro logo aos 11 minutos. Éderson cruzou da esquerda, Baier de primeira abriu o placar. O esquema com três zagueiros de Jorginho parecia ter desmoronado. O atleticano se preparou para a vitória fácil. Enganou-se, daí em diante, a Macaca se mostrou mais adaptada ao gramado impraticável, o esquema funcionou.

Os três zagueiros facilitaram para a Ponte. O inconcebível descontrole do Atlético contribuiu para aumentar essa facilidade. Como? Atacado, ao invés de tentar jogar, o Atlético abusou da bola longa, os zagueiros alvinegros deitaram e rolaram, seus três volantes dominaram a segunda bola e dá-lhe atacar, pela esquerda, como mostravam as análises.

Sem saída organizada, pressionado, rifando mais que padre em quermesse, o Atlético desandou a fazer faltas, tudo o que a Macaca queria. Primeiro tempo duríssimo. Aos 34, falta de Fellipe Bastos raspa o travessão, aos 38, Chiquinho chega livre e Weverton faz milagre, aos 43 a bola cruzada beijou a santa trave. Ainda bem que acabou.

O intervalo esfriou a Ponte, o Furacão voltou determinado a tentar jogar, a partida ganhou equilíbrio. Marcelo e Everton pelos lados criaram chances, Luiz Alberto quase fez o segundo em escanteio. O placar mínimo deixou o encharcado torcedor de cabelos em pé até os 48 minutos. Foi de amargar.

Vinte e um minutos e Jorginho tirou o zagueiro Ferron ferroada e colocou Rafael Ratão na partida. O digno representante dos mui espertos ratões do banhado entrou livre logo aos 24 e foi detido pela poça rubro-negra, aos 39 deu um balão na linha de defesa atleticana e chutou bloqueado por Luiz Alberto, aos 43, livre de novo, obrigou Weverton a novo milagre. O juiz apitou, pulamos o Grêmio, nos aproximamos do Fogão, da Raposa invencível.

 A chuva dificultou muito. Uma transição mais tranquila fez falta no meio da tempestade. Um lance perfeito, dois milagres de Weverton, uma poça e trave salvadoras garantiram a vitória importantíssima. O Atlético fez seu dever de casa. Avançou.

É assim mesmo. Desejando ir longe o segredo é ligar a tração e vencer, com raça, coração e sorte, em qualquer terreno. Pelo menos enquanto fizer falta o teto retrátil.

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