sábado, 21 de setembro de 2013

A SORTE ACOMPANHA OS AUDAZES


O jogo em que o Furacão detonou o Flamengo foi notícia do dia. O pedido de demissão do seu Mano ajudou a alongar os espaços destinados ao atropelamento que está sob o olhar furioso do IBAMA, o Atlético poderá ter que se entender com o capa preta pela maldade feita contra a pobre ave catinguenta.

O choque nacional experimentado com a crueldade perpetrada pelo Furacão não impediu a lembrança internacional da estreia de Fran Mérida, jornais espanhóis e portugueses veicularam a estreia do catalão rubro-negro, o primeiro gol de um espanhol no Brasil depois de cinquenta anos, logo no mítico Maracanã.

Os atleticanos discutem a atuação de Mérida.  A maioria acha que foi bem, alguns anunciam um craque. Eu vi um bom jogador de boa qualidade técnica, correto nos passes, preciso no gol, ainda com pouco entrosamento com o resto da equipe, pouco procurado pelos companheiros. Gostei mesmo foi de um lançamento feito da intermediária para Marcelo entrando área adentro. Por pouco não acertou. É essa visão de jogo, esse passe surpresa que precisamos. Se for uma característica dele, que possa ser aprimorada, é uma grande arma.

A grande surpresa do jogo foi a escalação rubro-negra para o segundo tempo. Com a entrada de Dellarorre no lugar de Bruno Silva, o Atlético passou a jogar quase num sistema cinco-cinco, tipo vocês defendem, nós atacamos, que funcionou perfeitamente, nos deu a vitória por larga margem.

Com Everton em noite especial, finalizou várias vezes, deu o passe para o gol de Dellatorre, o Atlético foi criando oportunidades, conseguindo escanteios, faltas frontais, tirando o ar de um Flamengo desconcertado, que, quanto mais atacantes introduzia em campo, mais tinha que defender, mais seus jogadores se acumulavam dentro do seu campo de defesa. Penso que seu Mano pediu demissão sem ter entendido direito a causa da derrota.

A novidade atleticana não está no acumulo de jogadores no ataque, na pressão ofensiva, algo comum, realizado com o avanço dos laterais, do chamado segundo volante. A inovação está na presença de cinco jogadores de características ofensivas – meias e atacantes – atuando por um tempo inteiro, não apenas nos dez minutos finais, com o fim de conquistar a necessária vitória.

Definitivamente seu Vavá no vestiário decidiu pela vitória e foi corajoso. Podia ter dado errado? Claro que sim, mas tinha grandes chances de dar certo. Como se diz na velha cavalaria, a sorte acompanha os audazes.

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