segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SAUDADES DE NÓS

Vinte e um minutos e trinta do segundo tempo, Kléber tem a bola no meio de campo, passa a Fabiano pela esquerda, o chute sai forte, Silvio Luiz dá rebote, Alex Mineiro chega para marcar. Atlético campeão brasileiro de 2001. Na origem da jogada do gol histórico, o incendiário Kléber, o terceiro maior artilheiro do Atlético de todos os tempos, o maior artilheiro da nova arena com 67 gols.

Kléber nos deu a maior das alegrias, o gol de fora da área, o gol de oportunismo, o gol impossível. Fez todos os gols que nos levaram às partidas finais do Brasileiro inesquecível, deixou para Alex Mineiro fechar o pacote com seus oito gols em quatro jogos.

No Furacão marcou 124 vezes, foi tricampeão paranaense, campeão da seletiva para a Libertadores, campeão brasileiro em 2001. Com Kléber em campo vivemos momentos da mais pura felicidade, embora muitas vezes a torcida o atormentasse com sua intransigência. Recordo de um Atlético e Galo na Baixada, dois a zero para os mineiros, a torcida pegando no pé do incendiário, em poucos minutos dois a dois, gols de quem? Gols de Kléber.

O Kléber que ontem encerrou sua carreira classificando o Moto Club para a disputa da primeira divisão do estadual maranhense com gol aos 46 minutos do segundo tempo está na memória de todos os atleticanos que acompanharam a fase áurea do início do século, é parte importante da página mais bela da história do Furacão.

Eu, que ainda tenho na memória gol espetacular contra o Bahia, gol que colocou fogo na campanha memorável, desejo ao jogador que tantas alegrias me proporcionou, uma nova vida plena de sucessos, de saúde e de paz.

E quando o vento sul tocar a ilha de São Luís, espero que o velho peito incendiário possa sentir um pouco de saudades do seu Furacão, um pouco de saudades de nós.

 

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