sábado, 14 de setembro de 2013

VOLTAR A VENCER

Como joga o Cruzeiro que tem quatro pedreiras pela frente – Furacão e Botafogo em casa, Corinthians e Inter fora – e tem que fazer o resultado hoje para se manter com toda a gordura que acumulou no primeiro turno? Quer saber? Vou começar pela escalação: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Lucas Silva; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian; Borges. Como joga?

A raposa é um bicho conservador, matreiro. Defende com nove voltando, mas deixa o problema para volantes e primeira linha de defesa, os atacantes ajudam, mas se mantém prontos para sair no contra-ataque, isto é, ficam ali próximos à linha do meio campo, retomada a bola é sebo nas canelas. Willian, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart são rápidos e jogam na vertical. Borges puxa a marcação, abre espaços.

Como tem que fazer o resultado, vai atacar desde o início, trocando passes, explorando a direita do ataque com Ceará e Everton Ribeiro. Everton é um problema, dribla, vai para cima, faz fila. Tem que marcar. Bloqueado o setor esquerdo, a raposa forçará pelo centro. Everton passa, Everton chuta, Borges faz o pivô, Ricardo Goulart e Willian se alternam pela esquerda, a organização pelo meio e a entrada na área para finalizar. Tudo com boa coordenação e acerto de passes. Os laterais apoiam, zagueiros e volantes ficam na segurança.

Se nada disso funcionar, vem a bola parada. Dedé, Nilton e Bruno Rodrigo se agrupam dentro da área e a bola os procura, normalmente um consegue o cabeceio. Quando a marcação aperta, a bola vai para alguém no segundo pau.

Nada deu certo, Mayke entra no lugar de Egídio, Júlio Baptista no lugar de Borges. Mayke vai para a direita, Ceará para a esquerda. Nessa situação, Mayke deu assistências para os dois gols que deram vitórias ao Cruzeiro contra Flamengo e Goiás. Baptista fortalece o cabeceio na bola parada.

O que o Atlético tem que fazer? O que faz normalmente. Atacar e reposicionar com velocidade, congestionar o meio da defesa, jamais permitir o avanço do lateral esquerdo, seja ele quem for. No ataque, explorar Egídio. O lateral avança demais, gosta de antecipar, às vezes erra, a torcida não engole o rapaz, umas boas escapadas pelo setor vai causar danos. Se quiser ganhar umas bolas paradas é jogar sobre Nilton. É falta certa. Para isso tem que contar com velocidade, com dribles, assim, boto fé em Dellatorre no lugar de Baier. Ah! Estava esquecendo, virar o jogo, sempre tem espaço pelo outro lado.

O que não podemos fazer é atacar sem segurança, bater escanteios nas mãos de Fábio. O Goiás foi ao ataque, deu bolas na trave, andou para vencer e perdeu. Um contragolpe, Mayke livre pela direita, o cruzamento para o Willian que já foi nosso marcar. Vida dura.

Enfim, correr, acreditar no resultado os noventa minutos. Está na hora de voltar a vencer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário