segunda-feira, 16 de setembro de 2013

OLHANDO PARA FRENTE

O Fluminense foi campeão brasileiro em 2012 com melhor ataque, melhor defesa, maior número de vitórias, artilheiro do campeonato, com três rodadas de antecedência. O Brasileiro deste ano se encaminha para o mesmo destino. Salvo artes do futebol, o Cruzeiro leva com antecipação, provavelmente sem ter o goleador da competição, a Raposa é muito mais coletiva, independe, não tem um Fred no elenco.

Segura na defesa, veloz na transição, eficiente no ataque, a Raposa não goleia, mas vence, faz três pontos, cumpre o objetivo, dispara na tabela. Por que estou enchendo a bola da equipe que venceu o meu Furacão no sábado? Porque desejo ver no meu Atlético as qualidades que levam o Cruzeiro à frente. Quais são essas qualidades?

A Raposa está pronta, o esquema treinado, os atores sabem o que fazer, os reservas entram e o time cresce. A defesa é consciente da sua missão. O amigo que vê o jogo pela televisão pode observar. Quando a tomada da câmera é central, os zagueiros estão lá atrás, quase não aparecem, com eles não tem bola nas costas. Auxiliados pelos volantes, que pouco avançam, dão ao setor muita segurança.

O ataque estrelado acumula jogadores no setor a atacar. O esforço é pela direita, lá estão Mayke, Everton Ribeiro, a turma toda do ataque que resolver visitar o setor. A bola parada cruzeirense é mortal. Contra o Atlético matou o jogo. Está treinada e é eficiente. Quando não marca, consegue ação sobre a bola. O elenco reunido na toca está lá há muito tempo.

E que pode o Furacão, sonhando com o G4, aproveitar dessa leitura? Fácil, entender as inevitáveis diferenças, adequar as virtudes cruzeirenses ao nosso universo ainda mobilizando jogadores, dispensando, improvisando, estreando peças.    

Mais especificamente, definir o esquema, evitar mudanças, posicionar a defesa de forma a garantir maior segurança, reunir jogadores sobre setor a atacar, transformar a bola parada num ato mais coletivo, de acordo com o esquema adotado definir titulares e reservas, fortalecer ainda mais a união do grupo.  

Os resultados mostram que em determinados momentos tivemos rendimento superior ao time que acho vá levar o título em 2013. Meio na união, na garra, apoiado nas características individuais e capacidades dos jogadores, atropelados pelo momento ruim demos um salto tremendo, Mancini comandou o processo.

Agora, no momento ótimo, será fácil corrigir erros, polir arestas, manter o alto rendimento, ir ainda mais longe, espiando quem dá certo, olhando para frente.  

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