segunda-feira, 30 de setembro de 2013

DETERMINAÇÃO E FÉ

Os amigos me desculpem. Atrasei. Estava tijolando a porta do oráculo de “m” que me enganou, me deixou assistir à tragédia da Vila Caldeirão.

Depois do jogo contra a Ponte alguém comentou que em jogo com aquele temporal impossível se fazer qualquer crítica. Em jogo de temporal de gols a crítica pode ser feita, deve ser feita, mas vou refugar, procurar culpados em atuação tão irregular, criar heróis em meio ao infortúnio a nada levará, cabe ao seu Vavá fazer o balanço da inacreditável derrota.

Se algo pode ser dito em favor do Furacão é que o Vitória teve um dia de finalizações perfeitas. Fora gol perdido por Marquinhos, logo no início do segundo tempo, tudo que se chutou a gol foi impossível defender, muito difícil performance com tal rendimento. O ataque comandado pelo seu Dinei estava em estado de graça, até uma cacatua, que entrou no segundo tempo, deu um chute e acertou o canto.

O que não se pode deixar passar é a saída de campo carregada de xingamentos do seu Jonatas quando substituído por Roger. Sem sentido algum. Desnecessária. No seu íntimo poderia achar-se injustiçado, pensar que Botelho era o mais indicado, entretanto, seu destempero tem que ser punido de alguma forma, impossível deixar passar.

Mancini vai ter trabalho absurdo para juntar os cacos e refazer o moral do Furacão atropelado pelo Leão. O jogo quase perfeito contra o Inter ficou pelo caminho. A serenidade, a segurança defensiva, o equilíbrio entre ataque e defesa foram minados por um time que se preocupou em ter a posse da bola, bloquear Marcelo e contra-atacar com precisão absurda.

Amanhã já estaremos embarcando para Porto Alegre onde o Grêmio nos espera com a faca nos dentes. O time tem que apagar da sua história o domingo 29 de setembro. Ter trinta minutos para elaborar o luto e começar vida nova, recomeçar voltando aos princípios que nortearam sua arrancada sensacional.

Já disse e vou repetir, a batalha é psicológica. Chegará à frente, atingirá seus objetivos, aquele que souber enfrentar as dificuldades e ultrapassá-las, confiar no projeto, ser disciplinado e coletivo na sua consecução. O Atlético tem que encarar o desastre como uma dura lição, aprender e seguir, acreditando na sua capacidade, com determinação e fé.

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