domingo, 15 de setembro de 2013

ERROS D'OUTROS

O amigo avisa que o Atlético vai jogar com Deivid, João Paulo e Bruno Silva. Respondo que gostei, tenho visto João Paulo mais avançado, acredito que vá fazer o trabalho de Baier, fortalecendo a marcação e chegando mais no ataque. De onde foi que eu tirei isso? Quando a escalação aparece na telinha identifico meu pior inimigo, os três volantes. Como eu não vi isso antes?

Três volantes significa defender, levar gol, ficar sem solução ofensiva por uns vinte minutos, ter que obrigatoriamente realizar substituições, correr atrás.

Fortalecida, a defesa funcionou bem. O Cruzeiro realizou o esforço sobre a posição de Luiz Alberto, esqueceu o lado esquerdo e foi criando situações de gol. Nada muito importante, mas os tiros de canto pela direita foram se acumulando. Aos 35 minutos, Mayke entra pelo meio, Weverton salva para escanteio. Cobrado, gol de Nilton. O Cruzeiro fez valer suas armas, a pressão pela direita, a força de Mayke, a bola parada eficiente. Tudo como previsto.

O Atlético se desequilibrou, teve a sorte do juiz anular o gol de Ricardo Goulart e foi para o intervalo com resultado passível de modificação. Para mexer no placar teria que mudar o esquema, voltar ao anterior, com isso, trocar jogadores.

Volta o Furacão sem modificações. Em dois minutos, Weverton fez duas excelentes defesas. Vou imaginar o pensamento do seu Vavá. Seguro até aos 20 o resultado mínimo e daí vou para o tudo ou nada. Se não pensou, executou.

Aos 23 sai Deivid entra Felipe. Até aí nada. O amigo pode discordar, mas para mim Felipe é a volta do time do Nhô Drub. Vai receber e tocar de volta. Aos 28, Marcelo cede lugar a Dellatorre, logo na hora que o papa-léguas tinha vindo para a esquerda, junto a Everton e Maranhão começado a incomodar. Aos 34, Roger substitui Éderson. O artilheiro sai sem ter recebido uma bola decente.

Bons momentos de Everton, Maranhão e Marcelo fizeram o Atlético aparecer no ataque, criar situações que me deram esperança no empate que não veio. Pelo menos fizemos um segundo tempo raçudo, com audácia no ataque e competência na defesa, o que me anima bastante.

Não concordei com a mudança do esquema. Gostei muito da atuação coletiva da defesa, facilitada pela escalação dos três volantes. Gostei muito de Maranhão e Everton, achei que Mancini demorou demais para mudar. O resultado foi absolutamente normal, aconteceu por méritos do adversário, o Furacão lutou até o fim, aprendeu com a partida. Assim espero.

Mancini está recebendo jogadores, tem uns dias para treinar. Deve fortalecer o esquema que nos levou à boa situação, colocar os meninos para correr, entender a vocação ofensiva da equipe, seguir em frente, evitar olhar para trás, incorrer em erros d’outros.

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