Sem dúvida, o trabalho do treinador tem muito a ver com o atual rendimento da equipe. Com sua chegada, o Atlético ganhou ânimo novo, fortaleceu-se emocionalmente, mudou a atitude defensiva, passou a vencer. Mancini chegou para arrumar e todo mundo sabe que arrumar em futebol começa pela cozinha. No rubro-negro de Nhô Drub a cozinha estava nível pé sujo chinês.
O interessante é que não mudaram os personagens, estão lá Weverton, Léo, Manoel, Luiz Alberto e Botelho. Mudou o posicionamento. A primeira linha que jogava lá meio de campo, mais alinhada que batalhão coreano, com seus jogadores muitas vezes participando de jogadas de ataque, deixando buracos tremendos, passou a jogar preocupada apenas com sua primeira função, defender.
Manoel deixou de se aventurar no ataque, idem Botelho, Léo passou a ser o apoio ofensivo preferencial, sempre com cobertura eficiente. Bruno Silva se fixou na proteção, João Paulo vai e vem com velocidade, o time passou a levar poucos gols e fazer os gols que vinha fazendo, a matemática resultante nos levou ao terceiro lugar da tábua classificatória e hoje nos levará ao segundo.
Equilibrado o coletivo, as individualidades apareceram. O irrequieto Éderson, o elétrico Everton, o papa-léguas Marcelo, o generoso Dellatorre, que ainda necessita finalizar com a precisão que tem para assistir, o velhinho Baier, chamando a marcação de um volante, colocando os coelhos para correr, marcando quando necessário.
Ainda falta falar nas peças que “podem entrar e mudar o panorama da partida”. O irmão sabe que pedi como argentino em esquina por zagueiro e lateral-esquerdo. Willian Rocha chegou e colocou fim na improvisação no setor. No sábado me surpreendi com Dráusio. O zagueiro fez boa partida, sem falhas. Mesmo assim, ainda quero um zagueiro, não sei qual a condição atual da revelação 2012 Cleberson, mais um xerifão e eu ficaria de sangue doce.
Entre as armas citadas por Mancini, mas não explicitadas, está a torcida maravilhosa, agora decisivamente empenhada em ajudar o Furacão a vencer em campo e fortalecer o patrimônio rubro-negro com sua indispensável associação.
Mais um, dois meses, chegaremos aos trinta mil associados. Mais um, dois, três meses, chegaremos à Libertadores. Mais um, dois, três, quatro meses teremos a Arena concluída.
Por que acredito em todos esses objetivos colimados? Porque acredito em você irmão rubro-negro, acredito em você hoje, amanhã e sempre.
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