Qual é a graça na desgraça? Após a derrota para o fabuloso Itagüi, o desligamento do diretor de marketing não impedirá que um projeto em especial na área siga a todo vapor, permanecerá ativíssimo, nada mais nada menos que a internacionalização da marca Coritiba. Depois do vexame, o prosseguir do projeto deve tratar do fortalecimento da embaixada coxa em Ciudad Del Este.
O que há de escondido em toda essa reviravolta? O temor do seu Virso de perder o Atletiba no próximo dia 5. Seu Virso sobrevive ganhando Atletibas e o que muitos chamam de Ruralzão. Já na segunda página da classificação, podendo tomar um taco do Fla no domingo, a derrota contra o Furacão será dura de engolir para o torcedor coxa, vale um “Fora Virso”, melhor criar um fato novo, trocar o treinador, posar de durão, dar um reset para ver se resolve.
O que o Furacão tem com isso? Absolutamente nada. Joga hoje para vencer em Novo Hamburgo e derrubar o zangado Dunga. Caído o treinador, o Saci jogará contra o Cruzeiro com ânimo renovado, poderá tirar uns pontinhos da Raposa, algo bom demais para o Brasileiro.
O Inter que vai entrar hoje em campo só o seu Dunga conhece. O time troca de escalação todos os dias, o que se pode é definir suas forças e vulnerabilidades com base na escalação fornecida pela imprensa gaúcha: Muriel; Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Josimar, Willians, Jorge Henrique e D’Alessandro; Forlán e Leandro Damião. No papel, um baita time.
Quais são as forças? D’Alessandro, el maestro, tem que marcar o jogo todo. Descuidou, chuta de fora, faz assistência precisa. Repito, tem que marcar. Outras ações importantes? O escanteio com Índio puxando a marcação para o cabeceio de Juan. O avanço de Gabriel, seja pelo lado do campo, seja na diagonal da área. A experiência de Forlán. O acúmulo de Gabriel, Josimar, Jorge Henrique e D’Alessandro pela direita. As faltas diretas de D’Alessandro e Scocco, este substituição quase certa. Nem falei no esforço de Damião.
Quais são as vulnerabilidades? O Inter caminha em campo, é D’Alessandro dependente. Kléber é brecha importante no sistema defensivo, não controlada pelo veterano Juan. A zaga tem data de nascimento antiga. Gabriel vive no ataque, abre espaço enorme nas costas. A irritação colorada deixa D’Alessandro com o estopim curto, Índio bate boca com quem passar nas vizinhanças.
Jogo duro, bom de assistir, ver o Furacão colocar os potrinhos para correr no gramado do Estádio do Vale. Acho que o Atlético está à altura do desafio, tem um coletivo superior, deve fazer gols, voltar a Curitiba com gordura para queimar. Se os irmãos alviverdes vão ficar ainda mais inconformados, pedir treinador, exigir jogador, acho justo, também penso que o time é fraco, bobeou cai, mas, desculpem-me as flores do campo, isso é problema do seu Virso.
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