terça-feira, 10 de setembro de 2013

JOGAR CONVERSA FORA

Como todo torcedor, não tenho acesso a informações de dentro do Atlético, não sou amigo do varredor de ruas do CT, o que eu sei, o amigo sabe, ou sabe mais do que eu. Vago pelos sites atrás dos conhecimentos que preciso para escrever. Por isso, posso cometer erros de avaliação, embora faça o possível para não cometê-los, escrevendo basicamente sobre o jogo jogado.

Hoje vou sair um pouco desse roteiro, vou teorizar, arriscar-me a cometer erros, o amigo se discordar, tenho certeza vai me perdoar.

Começo por Nhô Drub. O prezado mineiro que nos trouxe à série A, impelido pela situação, formou um time baseado nos principais jogadores do elenco e foi aos trancos e barrancos revertendo o quadro que recebeu ao assumir a função. Obtido o sucesso, teve todo o tempo do mundo para formar o novo Furacão e, então, esqueceu a prática e foi para a teoria que tão bem conhece.

Tirou da cabeça uma forma de jogar, escolheu jogadores adequados àquilo que imaginara, colocou no banco os que lhe garantiram o emprego e perdeu o emprego. Difícil entender o que o levou à mudança de atitude, imaginar que o coletivo com jogadores de menor qualidade poderia dar certo.

Mancini chegou e reverteu o quadro rapidamente. Colocou Baier em campo, Marcelo, acertou a defesa em cacos e colocou o Furacão para voar. Baier não se cansa de louvar Mancini em entrevistas, claramente discordar de Drubscky.

Em minha visão, a montagem do banco para o jogo com o Vasco mostra que Mancini chegou ao seu modelo de equipe e agora busca no elenco os jogadores mais adequados a esse padrão de jogar, chegou ao Nhô Drub fase dois, começa a esquecer no Caju jogadores mais bem qualificados. Tivesse eu a certeza da minha teoria estaria preocupado.

Em absoluto. Não assisto treinos, não frequento o DM atleticano, desconheço informações da fisiologia. Pode ser que Maranhão e Felipe arrebentem nos treinos, Elias passe por má fase, Cleberson tenha problemas físicos, qualquer dos outros zagueiros rubro-negros esteja muito abaixo do nível necessário para enfrentar o Brasileiro, um espetar do dedo revelado grave cansaço em importante jogador. Teorias não devem prevalecer sobre a prática.

Mesmo assim, continuo. A experiência mostra que quem sabe jogar, tem melhor qualidade, deve jogar. O time ganha sua cara e os craques se alternam na titularidade, cumprindo papéis bem definidos pelo treinador, fortalecidos por suas melhores valências. Troca-se a disciplina férrea do esforçado leão de treino, sempre confortante, pelo talento de quem num lance pode decidir a partida.

Como disse, estou só teorizando, de uma forma estranha tentando ajudar. O amigo dirá que estou mais para filósofo de boteco, jogando um verde para depois vir com o tradicional “eu não disse”. Nem pensar, quero que a fase se eternize pelo bem do meu coração cheio de problemas.

Só quero apresentar um ponto de vista que me pareceu interessante, conversar com o amigo sobre futebol, aproveitar o momento fantástico para jogar conversa fora.

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