sexta-feira, 27 de setembro de 2013

RECLAMAR COM O CAPITÃO

Tudo, ou quase tudo, aconteceu como esperado. O Atlético fez uma grande partida em Novo Hamburgo e só não voltou com a vitória por que o adversário tem lá seus merecimentos, o Furacão fez o possível, mas não conseguiu jogar o jogo perfeito.

Forte no início, o Rubro-Negro ataca e aos quatro minutos faz seu gol no Estádio do Vale. Falta sobre Léo pela direita, Baier cobra, a bola desvia na barreira e mata o goleiro Muriel. A vantagem está definida, trata-se de aumentá-la ou assegurá-la.

O Colorado das estrelas vai ao ataque e pressiona. Diferente do que imaginei, o esforço se verifica pelo lado direito da nossa defesa, o posicionamento natural de Kléber e o de Forlán deslocado pelo setor dão resultado e os cruzamentos altos acontecem, a defesa bem posicionada é superior ao ataque e o contragolpe mantém a inquietude do seu Dunga.

Aos 24, Marcelo cruza da direita, Baier dá um toque para trás, Éderson é bloqueado. Aos 27, Marcelo é lançado pelo meio da defesa e quase. Aos 29, Marcelo passa a Éderson que entra livre e frente a Muriel toca rente à trave. Foram cinco minutos em que a partida andou para ser definida, a vantagem ampliada. O Inter da pressão assustou com dois chutes de fora de Josimar, foi o melhor resultado de toda sua dedicação ofensiva no primeiro tempo.

A volta dos vestiários traz Otávio no lugar de Josimar, Scocco no lugar de Damião. Dunga sacrifica seu volante ofensivo, pai dos seus melhores momentos, alterna Forlán e Scocco pelos lados do campo, introduz Otávio no meio dos zagueiros. Um minuto e quase funciona. Cruzamento da esquerda, Otávio cabeceia na trave, Scocco pega de frente e Weverton salva. A peleia vai ser dura.

O esforço colorado muda de lado. Com D’Alessandro, Gabriel, Forlán e até Scocco pela direita, a base de cruzamentos se acomoda pelo setor de Botelho e tome bola aérea. Aos 18, Weverton faz novo milagre em cabeceio de Juan no segundo pau. O Inter pressiona, o Atlético defende e sai para o ataque com lucidez, contra-ataca e a sensação é de que voltaremos com os três pontos.

Cansado, Forlán dá lugar a Caio, Dunga troca competência por velocidade vertical. No Atlético, Dellatorre substitui Éderson. Para o meu gosto, prefiro os dois juntos em campo. O cenário não se modifica. O Atlético avança a defesa para diminuir o sufoco e aos 31, Caio sai no contra-ataque e da entrada da área chuta para fora. Tenho a nítida impressão que é dia de vitória.

Quando já estou comemorando, esperando o apito final, mais uma bola aérea, Manoel corta para o meio da área, Otávio não perdoa, a vantagem não foi assegurada. Um ótimo jogo, quase perfeito, a perfeição é objetivo a atingir.

O Atlético foi taticamente correto, maduro, acionada a defesa respondeu com qualidade. Achei que Baier poderia ter acelerado os contragolpes em alguns momentos. Demorou a passar. Também acho suas tentativas de gol olímpico desnecessárias. Em dia que tudo funcionou muito bem, é bom dar paz aos subalternos, reclamar com o capitão.

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