O jogo se definiu rapidamente. Jorginho contrariou meu palpite, jogou com dois armadores, o Atlético marcou os volantes responsáveis pela saída de bola com Zezinho e Everton, bloqueou os laterais, avançou Léo, colocou seis jogadores no campo de ataque e foi fazendo gols. Jorginho descobriu que o Furacão, ao contrário do que ele chamou de fedido ano passado, hoje é um time cheiroso.
Aos quatro, Everton passou a Léo, o chute saiu cruzado entre Berna e a trave, um a zero. Entre o gol e os dezoito minutos, Everton cruzou uma bola da esquerda, finalizou duas vezes exigindo boas defesas do goleiro alvirrubro, aos dezoito pegou rebote de escanteio e marcou o segundo de fora da área. Um início decisivo do elétrico Everton.
Vantagem na mão, o Atlético diminuiu o ritmo e o Náutico foi à luta. Jorginho troca-esquemas tirou o lateral Oziel, colocou o atacante Jonatas Belusso em campo, deslocou Tiago Real para a lateral direita. Foi jogar com três atacantes e o nulo Morales na transição. Facilitou para o Atlético. Everton bloqueou o desvalorizado Real, João Paulo avançou para marcar Elicarlos. Céu de brigadeiro. É só não descuidar.
Aos 37, o Gambá ataca, bom cruzamento da esquerda permite o cabeceio de Olivera raspando a trave. Aos quarenta e dois, novo cruzamento da esquerda, a bola atravessa toda a área, encontra Tiago Real livre na direita, Luiz Alberto faz discurso, o cruzamento acontece, de novo a bola cruza toda a área, desta vez Olivera não perde, dois a um. Oh! Seu Luiz Alberto! Entrevista é depois dos 45.
Nada que assuste. O Atlético afrouxa a marcação sobre a saída de bola, passa a jogar no contra-ataque. O Náutico faz seu papel, avança seu meio de campo, consegue faltas no ataque, se expõe à goleada, é empate ou suicídio.
Aos vinte e um, Dellatorre entra no lugar de Marcelo. Difícil dizer que alguém que entre no lugar do papa-léguas possa dar mais velocidade ao ataque. Aos vinte e cinco, anoto que Zezinho cansou, Martinez está muito livre para jogar, é hora de trocar o substituto de Baier. Aos 31, Zezinho dá lugar a Marco Antônio.
São 34 quando a armadilha funciona. O Gambá vai para o tudo ou nada, deixa a defesa em linha, Dellatorre parte para o ataque e serve Éderson livre para marcar entre as pernas de Ricardo Berna. Desnorteado, o bichinho esperneia, Dellatorre serve Marco Antônio entrando na área pela direita, o cruzamento sai certeiro, Éderson faz a criança dormir na rede, 45 minutos, hora de criança ir para a cama.
Perdoem-me os pernambucanos, mas o resultado era óbvio. Grande início de Éverton, grande final da dupla Dellatorre-Éderson. As novidades Dráusio e Willian Rocha foram bem, alguém pode dizer que o Náutico ajudou, eu acho que foram convincentes. De nada adiantaria ganhar do Botafogo se os três pontos em Pernambuco não fossem obtidos. A missão era fácil, tinha que ser cumprida a qualquer custo. O Atlético coletivo impediu o Náutico de jogar, foi avassalador em início de partida, arrasador nos minutos finais.
Acabado o jogo, Jorginho foi cumprimentar Mancini e aproveitou para perguntar: Qual é nome do perfume?
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