quinta-feira, 5 de setembro de 2013

QUASE PASSOU DO PONTO

Onde está Everton? Com amigdalite? Quem entra? Marco Antônio. Vamos para a batalha mais lentos, mais tocadores. Saímos um pouco da nossa característica. Penso, repenso e acho que vai dar, com 13700 rubro-negros nas arquibancadas o Peixe vai lutar com todas as suas forças, mas pode escolher a panela que hoje tem moqueca.

O jogo ainda está na fase das indefinições, Léo e Willian Rocha vão ao ataque, Everton Costa chuta de fora sobre a trave, os times se estudam, quando João Paulo retoma a gorduchinha, entrega a Baier, de primeira belo lançamento para Marcelo, o drible em Léo, o chute violento, gol do Furacão. Quando Aranha tentou mexer o braço a bola já estava na teia. Aos 6 minutos tudo o que eu queria, agora o Santos vai ter que abandonar a defesa, se abrir, ficar vulnerável.

Impressiona a maturidade do time santista. Não se abala. O Atlético recua todo atrás da linha do meio de campo, e Thiago Ribeiro começa a incomodar pela esquerda. Nenhuma novidade. Consegue faltas, escanteios, bolas paradas perigosíssimas, Weverton saiu mal umas três vezes, parece que o empate não demora muito.

As escorregadas de Weverton mudam o perfil da partida. Aos 28, após escanteio, o goleiro em perigo resolve trocar as chuteiras, dois minutos que congelaram o Santos. O Atlético que chegava em contragolpes, Marcelo de cabeça e Baier finalizando cruzamento de Léo perderam boas chances, passa a ter o controle do jogo, conseguir faltas no ataque, a torcida não descansa.

Trinta e sete falta pela meia direita. Baier bate longo no segundo pau para Luis Alberto, o zagueiro cabeceia, Aranha joga uma teia e defende, Luis Alberto finaliza novamente, outra teia, nova defesa, a bola sobra para Marco Antônio que faz dois a zero. O primeiro tempo acaba com Thiago Ribeiro sendo o único inconveniente a incomodar o Furacão. Tem que marcar.

Um minuto e Thiago Ribeiro entra pela esquerda e faz cruzamento perigoso. Por que não marcam? O Santos avança a defesa para o meio campo, o Atlético responde com boa troca de passes, chega pelos lados, Aranha faz ótima defesa em chute de Éderson, Felipe entra no lugar de Marco Antônio, mais toque-toque, o Santos se aproxima sem conseguir furar o bloqueio.

Aos vinte e seis é clara a necessidade da entrada de Dellatorre no lugar de Marcelo, o Léo santista está morto e Marcelo parece não ter mais condições de explorar a vulnerabilidade. O Santos coloca atacantes, continua mais presente no ataque, aos trinta sai o papa-léguas entra Dellatorre. Agora vai. Seguimos para o tranquilo fim de jogo, a torcida começa a gritar olé para uma troca de passes na lateral direita, Thiago Ribeiro toma a bola, passa a Emersom, gol do Santos.

Fomos brincar com Thiago Ribeiro aos 41 do segundo tempo.  Logo com quem. O Peixe está fisgado, será difícil tirar o bicho d’água, colocar na panela. Foram oito minutos aterrorizantes, cada rabanada do vertebrado aquático foi um perigo tremendo, o barco andou para afundar, ganhamos os três pontos no sufoco, Weverton fez uns dois milagres.

Para mim, Elias joga mais que Felipe, Dellatorre demorou a entrar, a defesa rebolou, quase que a moqueca não sai. Gostei de Baier e João Paulo. Moqueca tem que ser bem temperada, uma pimenta das boas, leite de coco, óleo de dendê, cebola e por aí vai. Hoje, para o meu gosto, quase passou do ponto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário