sexta-feira, 6 de setembro de 2013

VOCÊ SABE QUE PODE

Vou me permitir copiar trecho do site UOL Esporte sobre Atlético e Grêmio em 2004, que definiu a ida do Grêmio para a série B. Segue o texto:

“Com dois gols nos minutos finais, os gremistas conseguiram um sensacional empate contra os paranaenses, por 3 a 3... Com o empate cedido no fim, o rubro-negro desperdiçou a oportunidade de abrir 4 pontos de vantagem com relação ao Santos e praticamente colocar as mãos na taça... A equipe vencia o jogo por 3 a 1 até os 43 do segundo tempo, quando, em 3 minutos, levou dois gols de cabeça, marcados por Baloy e Claudio Pitbull, que deixaram o placar em igualdade e os atletas paranaenses completamente abatidos.”

Para quem não lembra, esse empate praticamente definiu a perda do título de 2004 pelo Furacão. Estamos muito longe das rodadas finais em que se decide quem “coloca as mãos na taça”. O que me fez voltar no tempo foi o final do jogo contra o Santos, muito semelhante ao da partida em Erechim. Vencíamos por dois gols de diferença, aos 41 levamos um gol, quase sofremos o empate, o que nos deixaria de novo “completamente abatidos.”

O treinador declarou ao Jornal Nacional que agora estamos preocupados em somar pontos. A declaração pode ser considerada adequada, nada mais. Não quer dizer que o título está fora de questão, que o Cruzeiro pode seguir sem problemas, sequer imaginamos incomodá-lo. Já que chegamos até aqui, temos obrigação de correr atrás do caneco, mesmo comedidos nas palavras.

Mancini tem que treinar seu time buscando a conquista. Pedir reforços sonhando com a conquista. Olhar para as disponibilidades no banco construindo a conquista.

O trabalho de Mancini é relevante, mas vejo nele certa reticência quanto ao futebol de jogadores que trouxeram o Atlético à série A, Elias e Cleberson por exemplo. Elias é ótimo jogador, contra o Bahia fez lançamento para Dellatorre que decidiu o jogo a nosso favor. Cleberson pode muito bem fechar a lateral esquerda em crise. Para advogar a causa desses jogadores, cito o exemplo de João Paulo, inexplicavelmente no banco quando da sua chegada, hoje novamente titular, impossível não ser.

Vejo o treinador solicitando atacantes e me incomodo. Já ficou claro nestas suas rodadas à frente do Furacão que com ele é chegou entrou. Como fica a cabeça desses meninos que fazem gol todo dia com a possibilidade de serem substituídos por eventual contratação? O Atlético precisa de laterais e zagueiros, mesmo com a boa apresentação de Dráusio contra o Náutico. Quer um atacante, tudo bem, que o Delegado vá buscar, mas não é prioridade.

Quanto ao treinamento nada a contestar. O Atlético chegou ao estágio atual graças ao seu trabalho, é inegável. Eu só gostaria de ver o Furacão controlando o jogo com boa troca de passes no campo ofensivo quando não está sufocando o adversário. Impossível pressionar 90 minutos, o time tem que descansar, que vá tocar flauta longe da defesa.

A história prova que o Atlético pode ser campeão, já foi, quase duas vezes, só não se podem repetir erros, perder em segundos o direito ao sonho. Vamos lá seu Vavá, a oportunidade é soberba, a torcida adotou seu time, acredite, você pode, você sabe que pode.

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