quinta-feira, 9 de maio de 2013

CARA DE SUPER-23

Vamos fazer um pit stop, esquecer o Atletiba e voltar nossas atenções para o Furacão que inaugura hoje o Barretão em Ceará-Mirim, às 19:30, jogando contra o América de Natal pela Copa do Brasil. O jogo era para ser no Nazarenão, mas possante empresário da terra construiu um estádio novo e se resolveu pela transferência do local da partida. Campo bonito, a irrigação funcionando a pleno vapor, é difícil acreditar que falte água no Nordeste.

Na despedida do Janguitão com a aguada vitória sobre o Brasil de Pelotas, com a interferência fundamental de Paulo Baier, o Atlético treinou contra o Joinville no Caju, empatou em 2 a 2, e enfrentou o Osasco em São Paulo, venceu por 1 a 0. Os resultados são pouco animadores, espera-se muito mais de equipe em treinamento desde o já distante mês de janeiro.

O meu desânimo nada tem a ver com a opinião do treinador e dos jogadores entrevistados pela TV CAP. Os atletas elogiam o treinador a cada instante, o treinador sempre vê nos treinamentos importantes oportunidades para observação e correção de erros. O clima é de lua de mel, Antônio Lopes acha que o time vai lutar pelo G4 no Brasileiro.

Segundo o apresentado pela imprensa, o time é praticamente o mesmo de 2012. Na defesa com Weverton, Léo, Manoel, Cleberson e Pedro Botelho, Léo é a novidade. Ótima notícia. No meio campo com Deivid, João Paulo, Elias e Everton, este último substitui Felipe. Depois do jogo com o Osasco pensei que os armadores seriam Felipe e Everton, achei que a dupla daria maior dinâmica ofensiva, o que me parece ser um dos objetivos de Nhô Drub. Já passei a borracha na minha conclusão.

 O ataque vai com Marcelo e Marcão, nada muda por que Ciro, o autor do gol contra o Osasco, está contundido.

Com poucas mudanças, o time tem que estar super entrosado, pensamento que encontra amparo nas palavras de Elias ao afirmar que “não podemos perder o nosso jeito de jogar nunca”. Espero que esse jeito não seja aquele de passes laterais, poucas finalizações, escassa objetividade.

Outra vez ficamos sem a solução para os momentos difíceis, Paulo Baier está contundido, segundo a mídia local irônica “parece ter sentido a longa pré-temporada”. A surpresa no avião em que Baier não embarca é Douglas Coutinho. Fiquei uns três minutos pensando sobre o assunto – por que levar, por que não levar? –, e não consegui concluir sobre a melhor atitude com alguma lógica. Por simples instinto, eu não levaria.

Releio meu texto lamentoso e sinto que espero goleadas, grandes apresentações, e esqueço que o adversário também quer a vitória, seus jogadores dão sangue para passar de fase.  Então encontro amparo em Elias 10 que diz: “Temos que ter muita dedicação, pois vamos encontrar dificuldades e temos que correr bastante”. Suspiro um ainda bem e vou espiar a Arena da minha janela.

O importante é que a TV vai transmitir. Hora de reunir com os amigos, ver o jogo sem as tensões que envolvem a decisão do estadual. Faltando 17 dias para o início do Brasileiro, contra o Fluminense no Rio de Janeiro, seria bom ver um time jogando a toda força, veloz, vertical, um Furacão com cara de Super-23.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário