No
caminho, o sol espetacular fixando a vitamina D no corpo velho, vou pensando na
pergunta. Só a matemática já nos dá um valor superior ao palpite do amigo. Se
temos um dos três resultados possíveis a nosso favor, partimos com 33,3 de
chances. Já dei um “up” na previsão. Vamos em frente.
O
histórico recente é animador. Nas duas últimas partidas contra o Coritiba, o
Rubro-Negro venceu uma, 3 a 1, e empatou outra, 2 a 2. Fez cinco gols e levou
três. A superioridade tem que ser levada em conta no prognóstico. Os jogos são
recentes, o Atlético sempre jogou com ausências, o coxa completo, acho que vou
agregar 5% aos meus 33,3% iniciais. Noves fora zero, são 38,3%.
A
amiga coxa doente que pega no meu pé lá no site “Atlétiba zoação total”, vai
dizer que um dos gols não valeu, foi contra. Dileta e sofredora amiga, não sou
eu que escalo o tal Patric “bola na rede”, o gol entra na contabilidade, pelo
efeito psicológico deveria contar em dobro. Com Patric em campo, não tem placar
em branco. Tira e bota o Escudero. Ah... É Escudero!
Outro
coxa que me provoca dirá que os jogos foram na Boqueixada, agora é no
treme-treme cheinho de ervilhas efervescentes. Voltemos à história. As últimas
decisões em que o time das alfaces se meteu ficou com o vice, tornou-se
conhecido na pátria do futebol como Coritiba
Delivery, pela incrível capacidade de entregar
em casa. O retrospecto negativo aumenta as chances do Furacão. Quanto? Eu diria
3%. Oito mais três onze, vai um, são 41,3%. Está ficando bom.
A
dúvida fica na comparação entre experiência e juventude. Dizem que o Atlético é
jovem, vai sofrer o peso da final, os idosos coxas-brancas teriam alguma
vantagem. Até onde vai minha lembrança, Bruno Costa, Héracles, Zezinho e Edigar
Junio estavam na decisão em 2012. Os meninos saíram perdendo no último jogo e
viraram o placar. O destempero do jogo ficou por conta de Escudero – Ah... É
Escudero! –, o ídolo coxa Alex, um Matusalém da bola, foi substituído por
desaparecimento em hora de trabalho.
Enfim,
a experiência, na prática, o amigo quer praticidade, foi derrotada pela
juventude. Vou juntar mais 5% à contabilidade rubro-negra. Somando 5 aos 41,3,
ficamos com 46,3%.
O
fiel da balança é o duelo entre a defesa coxa e o ataque atleticano. A defesa
alviverde é muito fraca, pesadona, a crônica não gosta que o treinador use três
zagueiros, mas ele, que conhece sua tropa, sabe da necessidade. Não vai usar
por que teme ser chamado de retranqueiro contra um time de meninos. Vai com
dois mesmo, com dois vai levar gols com certeza. Como fazer gols leva à
vitória, vou adicionar mais 5% à coluna do meu Furacão. As chances do Atlético
sobem para 51,3 %.
Aí
vem a parte do sentimento, aquela voz ao pé do ouvido que te avisa do bom e do
ruim. Pois eu tenho ouvido alguém me sussurrar que vai dar, que o título está maduro,
que chegou a hora, os meninos vão conseguir. Pela fé que tenho no aviso do
vento, vou acrescer 10%. Passa a régua, são 61,3%.
Resultado,
vitória apertada. Prezada amiga fique em casa, se chover piora para tua saúde e
ainda mais para o teu Alviverde. A conta vai para os 70%. Amigo velho prepara o
churrasco, a matemática confirmada pelo sentimento avisa, domingo é caneco na
mão.
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