quarta-feira, 15 de maio de 2013

POBRE COXEL

Para melhor enxergar o futebol do meu Furacão fui ao oftalmologista e estou com a pupila do tamanho de um pires, teclando J e vendo um H borrado na tela. A velhice é uma dureza. Quando vejo essas velhinhas serelepes dançando como raparigas em bailão, não acredito, acho impossível, penso ser montagem, coisa de computador. Mas vamos ao que interessa.

Semanas atrás vi o senhor Ministro dos Esportes defendendo a construção dos grandes estádios para a Copa do Mundo. Sem muita saída, apertado por todos os lados, apontou a usina de geração de energia a ser montada no teto retrátil da Baixada como um dos grandes benefícios advindos da realização do maior evento mundial no Brasil.

Bobão, outro defeito da velhice, fiquei louco de orgulhoso, a COPEL do meu Paraná e o Furacão do meu coração, dupla formidável ponteando o avanço tecnológico nacional.

O meu orgulho durou pouco. Ontem fiquei sabendo que a dobradinha ficou na propaganda. No Atletiba dentro da COPEL, venceu a COXEL. Uma solicitação atrás da outra, o Atlético aquiescendo a todas elas, cede aqui, uma nova exigência ali, o relógio correndo rápido, até que a exiguidade do tempo, a premência dos prazos determinou o impedimento do projeto, a COPEL correu do pau. O Ministro ficou sem sua bengala.

É bom lembrar que a COPEL dispõe dos recursos para a execução da obra, não o faz por incompetência, ou por falta de vontade, só para ser parco e ponderado nos adjetivos.

Então fico pensando, se a elite da província não consegue ultrapassar os limites da paixão clubística, como colocar a polícia contra o torcedor comum que nas ruas se engalfinha em defesa das cores da sua camisa. Se a mesquinhez prospera entre os altos funcionários da COPEL, como desejar a paz nas ruas.

Vou mais longe e pergunto, onde ficou o nosso Governador, o nosso Príncipe nesse processo? Meus amigos, temos que aprender a votar. Não tem ação de comando, é fraco, está a reboque dos seus subordinados, não conhece o que está acontecendo no seu reino, a criminalidade aumenta, troca-se o Príncipe, coloca-se outro no lugar. Esse rapaz me enganou.

Releio e percebo que cometi erro grave ao chamar de elite os potentados da COPEL. Elite vai muito além da cultura, do saber fazer contas, do ler e escrever, pressupõe honestidade, espírito público, prioridade para o bem comum, para o progresso, relevância para a grandeza do Estado. Desculpem, confundi.

Enfim amigos, com esse Governador, com esses fanzocas com poder de atrapalhar ligados no 220, pobres de nós, pobre Paraná, pobre COXEL

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