Os meninos do Atlético
jogaram muito, mas não conseguiram ameaçar o título alviverde. Fizeram o gol em
lance de falta de sorte do goleiro coxa, sofreram o primeiro em azar de
Héracles, o segundo em jogada mais do que manjada, de novo a sorte com a bola
defendida sobrando no pé de Alex, o terceiro, outra vez o azar defensivo.
Falo em azar e tenho que
lembrar as bolas na trave, as falhas de finalização coxa-branca na frente de
Santos. Não dá para reclamar da sorte.
A arbitragem incompetente
incomodou como sempre. Aos 36 minutos, em escanteio, Hernani é deslocado por
trás dentro da área e sua senhoria manda seguir. Aos 34 do segundo, Gil dá
carrinho criminoso em Edigar Junior e recebe amarelo. Minutos depois, expulsa
Zezinho pelo mesmo motivo. Reclamar de árbitro é lugar comum, só me aborrece
essa rapaziada nunca errar contra o Coritiba.
Enfim, não dá para
lamentar a perda do que nunca se quis. Vamos falar mal do treinador, explicar a
derrota, encontrar culpados, de que adiantaria?
Falar mal desses meninos
seria pecado mortal.
Falar mal do treinador
até daria, sempre se pode culpar o comandante, deve-se, entretanto, lembrar que
ele conduziu esse time à final, chegou ao último jogo com chances de título,
apresentou à torcida talentos, os valorizou, não venceu como não vencemos há
muitos anos com gente muito mais experiente.
Falar mal do projeto
impossível. Foi cumprido até o último segundo, trouxe benefícios imensos. O mais
importante foi manter o Super-23 para a final, alguém poderia levantar que era
o momento de colocar o primeiro time para jogar. Seria injustiça tremenda
contra os meninos. Mantê-los nos dois jogos finais foi um prêmio às suas
apresentações plenas de raça, um especial recordar dos velhos tempos do
Furacão.
Sem reclamações, sem
lamentos, sigamos em frente. Com uma penca de piás fomos longe, demos um susto
nos coxas – quem sabe quantas calças plásticas se borraram com o gol de Hernani
–, as promessas foram apresentadas, quem vai deitar e rolar é o Nhô Drub.
O Super-23 segue em
frente, tem compromissos internacionais a cumprir, levar ao mundo a força da
formação rubro-negra. O Atlético dá as costas ao inevitável Paranaense e parte
para as competições nacionais. Aos meninos parabéns, obrigado pelas grandes
atuações, pela garra, pelo memorável 3 a 1 contra as alfaces, valeu só para ver
a coxarada tremendo as duas últimas semanas.
Cabe agora ao time
titular mostrar que todo esse esforço gigantesco valeu a pena.
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