segunda-feira, 13 de maio de 2013

VALEU A PENA

Guindado à decisão pelo assalto perpetrado contra o Londrina, o Coritiba venceu e se tornou campeão paranaense. Quem viu o jogo sabe que pelos últimos noventa minutos da final com merecimento. Por que toda vitória coxa tem uma mancha?

Os meninos do Atlético jogaram muito, mas não conseguiram ameaçar o título alviverde. Fizeram o gol em lance de falta de sorte do goleiro coxa, sofreram o primeiro em azar de Héracles, o segundo em jogada mais do que manjada, de novo a sorte com a bola defendida sobrando no pé de Alex, o terceiro, outra vez o azar defensivo.

Falo em azar e tenho que lembrar as bolas na trave, as falhas de finalização coxa-branca na frente de Santos. Não dá para reclamar da sorte.

A arbitragem incompetente incomodou como sempre. Aos 36 minutos, em escanteio, Hernani é deslocado por trás dentro da área e sua senhoria manda seguir. Aos 34 do segundo, Gil dá carrinho criminoso em Edigar Junior e recebe amarelo. Minutos depois, expulsa Zezinho pelo mesmo motivo. Reclamar de árbitro é lugar comum, só me aborrece essa rapaziada nunca errar contra o Coritiba.

Enfim, não dá para lamentar a perda do que nunca se quis. Vamos falar mal do treinador, explicar a derrota, encontrar culpados, de que adiantaria?

Falar mal desses meninos seria pecado mortal.

Falar mal do treinador até daria, sempre se pode culpar o comandante, deve-se, entretanto, lembrar que ele conduziu esse time à final, chegou ao último jogo com chances de título, apresentou à torcida talentos, os valorizou, não venceu como não vencemos há muitos anos com gente muito mais experiente.

Falar mal do projeto impossível. Foi cumprido até o último segundo, trouxe benefícios imensos. O mais importante foi manter o Super-23 para a final, alguém poderia levantar que era o momento de colocar o primeiro time para jogar. Seria injustiça tremenda contra os meninos. Mantê-los nos dois jogos finais foi um prêmio às suas apresentações plenas de raça, um especial recordar dos velhos tempos do Furacão.    

Sem reclamações, sem lamentos, sigamos em frente. Com uma penca de piás fomos longe, demos um susto nos coxas – quem sabe quantas calças plásticas se borraram com o gol de Hernani –, as promessas foram apresentadas, quem vai deitar e rolar é o Nhô Drub.

O Super-23 segue em frente, tem compromissos internacionais a cumprir, levar ao mundo a força da formação rubro-negra. O Atlético dá as costas ao inevitável Paranaense e parte para as competições nacionais. Aos meninos parabéns, obrigado pelas grandes atuações, pela garra, pelo memorável 3 a 1 contra as alfaces, valeu só para ver a coxarada tremendo as duas últimas semanas.

Cabe agora ao time titular mostrar que todo esse esforço gigantesco valeu a pena.

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