O
gol de Deivid aos quatro minutos na esperada jogada pela direita poderia ter
dado o título ao Coritiba. Não seria difícil um desequilíbrio rubro-negro, o
aumento do placar e o fim da história. Nada disso aconteceu. Os meninos saíram
para o jogo e o gol contra de Patric logo aos doze colocou ordem na casa.
Marcando
a saída de bola coxa muito à frente, diminuindo os espaços, o Atlético
dificultou muito a organização das jogadas coritibanas, a marcação implacável
de Foguinho sobre Alex anulou o pensador coxa. Com o jogo seguro pela
arbitragem, as chances do Furacão escoaram pela linha de fundo, as oportunidades
alviverdes pararam nas mãos de Santos. Aos quarenta e seis, os dois times foram
para o vestiário satisfeitos com o empate.
O
Atlético voltou para o segundo tempo com Elivélton no lugar de Renato. A não
ser pelo lance do gol de Deivid em que Robinho entrou livre pela direita para
fazer o cruzamento, Renato teve boa atuação, as melhores jogadas do Coritiba
aconteceram pelo meio do ataque, os esperados lances de Rafinha pelos lados do campo
foram bloqueados.
Com
Elivélton ou Renato, o que o Furacão precisava era atacar, tentar a vitória e
assim foi feito. Avançando a defesa, trocando passes com qualidade, com Hernani
chegando pela direita e fazendo bons cruzamentos, o Atlético estava melhor,
tanto estava que, aos doze, o treinador coxa-branca colocou Escudero no lugar
de Patric, tentando fechar seu setor esquerdo transformado em avenida. A
torcida atleticana explodiu de felicidade, com toda a razão, o argentino é ruim
demais.
Ruim
e violento. No seu primeiro lance em campo deu um soco em Crislan, que sua
senhoria o árbitro não viu e nenhum de seus assistentes. Um caso raro de
cegueira diurna. Vejamos se os nossos tribunais terão alguma atitude sobre o
caso. Passaram-se alguns minutos e o gringo levou o amarelo. Esquece os
tribunais, deixa ele jogar.
Só
faltava ao Furacão marcar seu gol, transformar seu predomínio em números. Um
minuto após a substituição de Alex anulado pela marcação, o Atlético marcou.
Escanteio batido por Zezinho na cabeça de Hernani, o toque de ombro na gaveta.
Eram trinta e quatro minutos. Agora é segurar o resultado, ir para o treme-treme
com a vitória no bolso.
Aos
trinta e seis Crislan pede para sair e é substituído por Erwin. Pode ser a
substituição do manual para as circunstâncias, mas eu nunca gostei da troca de
atacante por zagueiro. Quem sou eu para gostar ou não gostar? Fato é que aos
quarenta, Geraldo é lançado pela esquerda, Zuchi falha no corte, Elivélton erra
na marcação, Erwin chega atrasado, gol do Coritiba, dois a dois.
O
resultado repetiu o placar da primeira partida da final de 2012. Da mesma forma
ganhávamos e deixamos empatar. Ano passado, vencendo tiramos Ligüera e
Ricardinho, deixamos o coxa crescer e fazer o segundo. O amigo entende porque
eu prefiro manter força no ataque?
As
minhas memórias rabugentas não diminuem a grande partida do time do Prof.
Berna. O Atlético foi melhor que o Coritiba. Jogou um futebol inteligente,
organizado, com poucos erros de passe, sem indisciplinas argentinas, soube
superar o placar adverso. Foi um time de veteranos, muito mais que um Sub-23,
foi um Super-23.
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