segunda-feira, 6 de maio de 2013

SUPER-23

A piazada mostrou o seu valor. O time jogou muito bem. O empate foi um castigo. Inegável a sorte coxa-branca, um chute a gol no segundo tempo e bola na rede. Que se pode de fazer.

O gol de Deivid aos quatro minutos na esperada jogada pela direita poderia ter dado o título ao Coritiba. Não seria difícil um desequilíbrio rubro-negro, o aumento do placar e o fim da história. Nada disso aconteceu. Os meninos saíram para o jogo e o gol contra de Patric logo aos doze colocou ordem na casa.

Marcando a saída de bola coxa muito à frente, diminuindo os espaços, o Atlético dificultou muito a organização das jogadas coritibanas, a marcação implacável de Foguinho sobre Alex anulou o pensador coxa. Com o jogo seguro pela arbitragem, as chances do Furacão escoaram pela linha de fundo, as oportunidades alviverdes pararam nas mãos de Santos. Aos quarenta e seis, os dois times foram para o vestiário satisfeitos com o empate.

O Atlético voltou para o segundo tempo com Elivélton no lugar de Renato. A não ser pelo lance do gol de Deivid em que Robinho entrou livre pela direita para fazer o cruzamento, Renato teve boa atuação, as melhores jogadas do Coritiba aconteceram pelo meio do ataque, os esperados lances de Rafinha pelos lados do campo foram bloqueados.

Com Elivélton ou Renato, o que o Furacão precisava era atacar, tentar a vitória e assim foi feito. Avançando a defesa, trocando passes com qualidade, com Hernani chegando pela direita e fazendo bons cruzamentos, o Atlético estava melhor, tanto estava que, aos doze, o treinador coxa-branca colocou Escudero no lugar de Patric, tentando fechar seu setor esquerdo transformado em avenida. A torcida atleticana explodiu de felicidade, com toda a razão, o argentino é ruim demais.

Ruim e violento. No seu primeiro lance em campo deu um soco em Crislan, que sua senhoria o árbitro não viu e nenhum de seus assistentes. Um caso raro de cegueira diurna. Vejamos se os nossos tribunais terão alguma atitude sobre o caso. Passaram-se alguns minutos e o gringo levou o amarelo. Esquece os tribunais, deixa ele jogar.

Só faltava ao Furacão marcar seu gol, transformar seu predomínio em números. Um minuto após a substituição de Alex anulado pela marcação, o Atlético marcou. Escanteio batido por Zezinho na cabeça de Hernani, o toque de ombro na gaveta. Eram trinta e quatro minutos. Agora é segurar o resultado, ir para o treme-treme com a vitória no bolso.

Aos trinta e seis Crislan pede para sair e é substituído por Erwin. Pode ser a substituição do manual para as circunstâncias, mas eu nunca gostei da troca de atacante por zagueiro. Quem sou eu para gostar ou não gostar? Fato é que aos quarenta, Geraldo é lançado pela esquerda, Zuchi falha no corte, Elivélton erra na marcação, Erwin chega atrasado, gol do Coritiba, dois a dois.

O resultado repetiu o placar da primeira partida da final de 2012. Da mesma forma ganhávamos e deixamos empatar. Ano passado, vencendo tiramos Ligüera e Ricardinho, deixamos o coxa crescer e fazer o segundo. O amigo entende porque eu prefiro manter força no ataque?

As minhas memórias rabugentas não diminuem a grande partida do time do Prof. Berna. O Atlético foi melhor que o Coritiba. Jogou um futebol inteligente, organizado, com poucos erros de passe, sem indisciplinas argentinas, soube superar o placar adverso. Foi um time de veteranos, muito mais que um Sub-23, foi um Super-23.

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