sexta-feira, 17 de maio de 2013

O NAÇA MATA TETRA

Perguntado sobre o modelo de padrão tático para a seleção brasileira, Felipão citou o Coritiba “que foi campeão dois dias atrás, jogando de forma muito compacta. Equipe consistente, com sistema tático que serve de referência para a seleção brasileira”. Podia dar o exemplo do Barcelona, do Bayern, da Juventus, do Borussia, escolheu o coxa.

O técnico Marquinhos Santos buscava informações sobre o Nacional quando tomou conhecimento da declaração do papa Felipe, que não é argentino mas é gaúcho, bem ali pertinho, e ficou emocionado.

A emoção tirou a atenção do jovem treinador, esqueceu detalhes do adversário e o tetra-campeão paranaense tomou de quatro em Manaus. A equipe consistente, compacta, entrou na dança do pajé, tomou uma bordunada histórica, foi pena para todos os lados. É isso que dá. A gente usa o Paranaense para treinar os meninos, eles se enchem de gás com o título, depois fazem o Estado passar vergonha.

Felipão fez de novo a aposta na família. Juntou a tropa e agora vai para a doutrinação, montar um time compacto, sem estrelas. O problema é exatamente este, a falta de estrelas. O Brasil só foi campeão do mundo contando com craques de primeira grandeza. Pelé, Garrincha, Didi, Gerson, Rivelino, Tostão, Romário, Bebeto, Rivaldo, Ronaldinho Fenômeno. Na hora agá, o craque sempre decidiu. Hoje, fora de série só temos Neymar, que não tem resolvido nem no Santos.

Os convocados estão distribuídos por times do mundo inteiro, no máximo teremos dois jogadores de uma mesma equipe compondo a seleção, o que vai dificultar o entrosamento. Felipão vai ter que ajustar a equipe que já tem na cabeça em muito pouco tempo.

Uma primeira linha de quatro, dois volantes, Paulinho cumprindo o seu papel corinthiano, Lucas pela direita, Oscar centralizado, Neymar pela esquerda, Fred no comando do ataque. As peças ofensivas sabem cumprir suas missões, jogam assim em suas equipes, já é um bom começo, se o que imagino confere com o pensamento papal.

Eu sei, eu sei, o amigo acha que Oscar, Lucas, Thiago Silva, Paulinho e outros são super craques, Fred faz gols, bem arrumadinho, segurando na defesa, sendo eficiente no ataque, seguindo a cartilha Parreira 94 pode dar certo. È o que todos queremos, torcemos por isso.

Felipão espera que o torcedor coloque o time no colo, apoio patrioticamente, comportamento assegurado se o time mostrar serviço, se tiver uma “noite infeliz”, como o compacto Coritiba teve em Manaus, pode sofrer com a ira das arquibancadas.

Felipão pelo menos tem uma vantagem sobre o seu exemplo coritibano. Não tem que enfrentar a dolorida borduna do Naça mata tetra.

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