O
técnico Marquinhos Santos buscava informações sobre o Nacional quando tomou
conhecimento da declaração do papa Felipe, que não é argentino mas é gaúcho, bem
ali pertinho, e ficou emocionado.
A
emoção tirou a atenção do jovem treinador, esqueceu detalhes do adversário e o
tetra-campeão paranaense tomou de quatro em Manaus. A equipe consistente,
compacta, entrou na dança do pajé, tomou uma bordunada histórica, foi pena para
todos os lados. É isso que dá. A gente usa o Paranaense para treinar os
meninos, eles se enchem de gás com o título, depois fazem o Estado passar
vergonha.
Felipão
fez de novo a aposta na família. Juntou a tropa e agora vai para a doutrinação,
montar um time compacto, sem estrelas. O problema é exatamente este, a falta de
estrelas. O Brasil só foi campeão do mundo contando com craques de primeira
grandeza. Pelé, Garrincha, Didi, Gerson, Rivelino, Tostão, Romário, Bebeto,
Rivaldo, Ronaldinho Fenômeno. Na hora agá, o craque sempre decidiu. Hoje, fora
de série só temos Neymar, que não tem resolvido nem no Santos.
Os
convocados estão distribuídos por times do mundo inteiro, no máximo teremos
dois jogadores de uma mesma equipe compondo a seleção, o que vai dificultar o
entrosamento. Felipão vai ter que ajustar a equipe que já tem na cabeça em
muito pouco tempo.
Uma
primeira linha de quatro, dois volantes, Paulinho cumprindo o seu papel
corinthiano, Lucas pela direita, Oscar centralizado, Neymar pela esquerda, Fred
no comando do ataque. As peças ofensivas sabem cumprir suas missões, jogam
assim em suas equipes, já é um bom começo, se o que imagino confere com o
pensamento papal.
Eu
sei, eu sei, o amigo acha que Oscar, Lucas, Thiago Silva, Paulinho e outros são
super craques, Fred faz gols, bem arrumadinho, segurando na defesa, sendo
eficiente no ataque, seguindo a cartilha Parreira 94 pode dar certo. È o que
todos queremos, torcemos por isso.
Felipão
espera que o torcedor coloque o time no colo, apoio patrioticamente,
comportamento assegurado se o time mostrar serviço, se tiver uma “noite
infeliz”, como o compacto Coritiba teve em Manaus, pode sofrer com a ira das
arquibancadas.
Felipão
pelo menos tem uma vantagem sobre o seu exemplo coritibano. Não tem que
enfrentar a dolorida borduna do Naça mata tetra.
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