Fora
a ausência de Léo, o Atlético tem todo o elenco para escalar na final no treme-treme. Héracles deve voltar para a lateral esquerda.
A direita é a única dúvida. O resto do time é o mesmo. As modificações, se
houver, serão de posicionamentos, pequenas correções que se fizerem
necessárias. Com a palavra o Prof. Berna.
Se
eu fosse aquele quero-quero que mora no CT do Caju, iria soprar uns conselhos
para o treinador.
Pediria
a ele para conversar com Bruno Costa. Diria a ele para não abandonar a defesa
quando errar, ir lá no meio campo consertar o erro. Guarda a posição, deixa a
segunda linha de quatro resolver, é para isso que ela existe.
Orientaria
a defesa para a bola enfiada no meio dos zagueiros, principalmente a entrada de
Alex na surpresa. Os volantes do Coritiba estão de olho na abertura desses
espaços. Em determinado momento do jogo Alex ficou impedido esperando a cobrança
do lateral, algo que o Ronaldinho Gaúcho fez contra o São Paulo. É bom estar
atento.
Doutro
lado, insistiria na cobrança dos nossos laterais ofensivos dentro da área, uma
boa ideia, forçar a jogada na busca da penalidade máxima.
Insistiria
no jogo de toques curtos, no passe de meia distância, mantendo a posse de bola.
O lance longo a partir da defesa para Crislan isolado no ataque é pouco
produtivo. Falta-lhe apoio. Não é a característica da equipe.
Essencial
é manter a boa marcação da saída de bola coxa, o pior defeito do Coritiba. Os
zagueiros e volantes não têm bom passe, atrapalham-se, são lentos. Num dos
poucos momentos em que afrouxamos a marcação, a bola chegou no círculo central
com facilidade e o lançamento para o segundo gol aconteceu preciso, fruto da
total liberdade para olhar, ver e lançar.
Como
a ação pelos lados do campo é imperiosa e nossos laterais devem priorizar a
defesa, soluções devem ser dadas para o problema, com o avanço de Hernani pela
direita, um sucesso tático, e a possibilidade da alternância de Edigar e
Coutinho pelo lado esquerdo.
Em
se falando em Coutinho, seria interessante aproximá-lo mais da área. A
necessidade de vencer impõe. A defesa do Coritiba é fraca em todos os sentidos,
já fizemos gols de todas as formas, ali não tem ponto forte. A maior aproximação
de Coutinho contribuiria para a desorganização do sistema.
De
resto é manter a postura. Os coxas estão próximos do maior vexame da sua
história. Dizem que trinta mil estarão no treme-treme para apoiar a equipe. Não
vejo qualquer problema. A proporção para vencer a batalha das torcidas é de
duzentos atleticanos e um tambor para dez mil coxas. Assim, três tambores e seiscentos
rubro-negros darão conta do recado. Vai ser uma baba.
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