terça-feira, 7 de maio de 2013

VAI SER UMA BABA

Léo está fora da final. O jogador que anulou Rafinha não vai jogar. Léo foi um carrapato, jogou a meio metro do coxa, não lhe deu qualquer espaço, o impediu de pensar. Foi tão eficiente que o treinador o obrigou a acompanhar Rafinha sempre que este mudava de setor. Acho que foi a primeira vez que vi isso acontecer. Agora vai sobrar para alguém substituí-lo. A lição foi dada, marcar próximo, atacar a bola com vigor, manter a pressão o jogo todo.

Fora a ausência de Léo, o Atlético tem todo o elenco para escalar na final no treme-treme.  Héracles deve voltar para a lateral esquerda. A direita é a única dúvida. O resto do time é o mesmo. As modificações, se houver, serão de posicionamentos, pequenas correções que se fizerem necessárias. Com a palavra o Prof. Berna.

Se eu fosse aquele quero-quero que mora no CT do Caju, iria soprar uns conselhos para o treinador.

Pediria a ele para conversar com Bruno Costa. Diria a ele para não abandonar a defesa quando errar, ir lá no meio campo consertar o erro. Guarda a posição, deixa a segunda linha de quatro resolver, é para isso que ela existe.

Orientaria a defesa para a bola enfiada no meio dos zagueiros, principalmente a entrada de Alex na surpresa. Os volantes do Coritiba estão de olho na abertura desses espaços. Em determinado momento do jogo Alex ficou impedido esperando a cobrança do lateral, algo que o Ronaldinho Gaúcho fez contra o São Paulo. É bom estar atento.

Doutro lado, insistiria na cobrança dos nossos laterais ofensivos dentro da área, uma boa ideia, forçar a jogada na busca da penalidade máxima.

Insistiria no jogo de toques curtos, no passe de meia distância, mantendo a posse de bola. O lance longo a partir da defesa para Crislan isolado no ataque é pouco produtivo. Falta-lhe apoio. Não é a característica da equipe.

Essencial é manter a boa marcação da saída de bola coxa, o pior defeito do Coritiba. Os zagueiros e volantes não têm bom passe, atrapalham-se, são lentos. Num dos poucos momentos em que afrouxamos a marcação, a bola chegou no círculo central com facilidade e o lançamento para o segundo gol aconteceu preciso, fruto da total liberdade para olhar, ver e lançar.

Como a ação pelos lados do campo é imperiosa e nossos laterais devem priorizar a defesa, soluções devem ser dadas para o problema, com o avanço de Hernani pela direita, um sucesso tático, e a possibilidade da alternância de Edigar e Coutinho pelo lado esquerdo.

Em se falando em Coutinho, seria interessante aproximá-lo mais da área. A necessidade de vencer impõe. A defesa do Coritiba é fraca em todos os sentidos, já fizemos gols de todas as formas, ali não tem ponto forte. A maior aproximação de Coutinho contribuiria para a desorganização do sistema.  

De resto é manter a postura. Os coxas estão próximos do maior vexame da sua história. Dizem que trinta mil estarão no treme-treme para apoiar a equipe. Não vejo qualquer problema. A proporção para vencer a batalha das torcidas é de duzentos atleticanos e um tambor para dez mil coxas. Assim, três tambores e seiscentos rubro-negros darão conta do recado. Vai ser uma baba.

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