domingo, 5 de maio de 2013

ELE VAI AJUDAR

Escrevo Sub-23 com S maiúsculo por achar que o time que chegou à final com o Coritiba é maiúsculo na sua capacidade técnica, na sua entrega nos momentos capitais, na sua esperança no resultado até os últimos minutos da partida. Por isso ouço com desagrado que o Sub-23 já cumpriu o seu papel.

Sei que não é esta a intenção de quem assim fala, mas dá uma sensação de descrédito, de que a sorte de alguma forma foi preponderante para a participação em mais um Atletiba que decidirá o campeonato Parananense. Desconsidera o trabalho duríssimo conduzido por todos para a ansiada entrada em campo hoje na Vila Olímpica.

Esquece o quanto os meninos tiveram que ouvir a torcida clamar pelo time principal, passar por cima de todo o negativismo, acumular pontos, empatar com o Londrina, que só não venceu o turno por imposição da arbitragem, e liquidar o alviverde em partida estupenda, carimbando o passaporte vermelho e preto para a final de hoje. Se no futebol houvesse justiça, Atlético e Londrina seriam os principais atores destes dois últimos espetáculos.

Quem assistiu ao 3 a 1 na Boqueixada sabe que o Atlético foi superior em parcela significativa dos noventa minutos. Impediu as principais peças adversárias de atuar decisivamente, foi preciso nas finalizações, venceu com méritos. O treinador coxa admitiu a superioridade rubro-negra, o presidente alviverde classificou a partida atleticana de maravilhosa.

Para dar uma animada, chamou a rapaziada para um rango na sua casa, puxou orelhas, disse da importância da vitória. Cuidadoso, manteve o time titular em Curitiba, mandou o reserva para o jogo com o Sousa na Paraíba. Se a molecada não causa medo, para que tantos cuidados?

Os piás ainda têm 180 minutos para jogar, cumprir o papel que lhes é de direito. Eles lutaram por esse direito, ganharam a confiança da torcida que correu para habilitar seus smarts, amanhecerá desejando o voar do tempo para vê-los entrar em campo, estará com eles, os incitará à vitória.

Nos capítulos finais da novela, a trama ganha em dramaticidade, os nervos ficam à flor da pele, os atores esbanjam talento nas suas participações. Impossível cometer um deslize, perder a cabeça, tentar a firula desnecessária para roubar a cena, faltar uma mínima gota de suor, descumprir a orientação do diretor.

O cenário está montado, os atores se credenciaram para seus papéis, o público aguarda angustiado. O abrir das cortinas desencadeará as tantas emoções de que fala o Rei Roberto Carlos. Os meninos estão prontos para elas. A torcida vai ajudar. Nunca será demais fazer coro com o Prof. Berna e pedir pela mão de Deus. Se é verdade que Deus ajuda a quem cedo madruga, o negócio e acreditar sempre. Ele vai ajudar.  

 

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