quinta-feira, 7 de agosto de 2014

JÁ SERIA UM COMEÇO

A Câmara Federal decidiu adiar a votação da Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte. Ficou para depois da eleição. O amigo sabe que o assunto gerou polêmica entre o presidente Vilson do Coxa, que virou porta-voz dos clubes – a última vez que seu Virso esteve à frente de alguma coisa se produziu o maior vexame da história do futebol nacional – e o Paulo André, um dos representantes dos jogadores aglutinados sob a sigla do Bom Senso.
Basicamente, a lei pretende estabelecer um parcelamento das dívidas fiscais dos clubes e instituir novas práticas nas gestões. Sem querer ao digitar gestões apareceu na tela festões, quase a mesma coisa. A partir daí vida nova para os clubes, que teriam que apresentar Certidões Negativas de Débitos como pré-condição para participar do Campeonato Brasileiro. Seria, ainda, criado um fundo de financiamento para iniciação esportiva, o lado sonhador da coisa, aquilo que nunca será realizado, todo mundo sabe, está lá para cativar os tolos.
Eu queria que nesta lei estivesse incluído o seguinte artigo: Os clubes deverão manter em seus sites, de maneira clara, os nomes dos empresários dos atletas e percentuais a eles correspondentes nos valores dos contratos, bem como aqueles referentes ao clube.
Exemplo: Jogador Carlos Alberto da Silva (Cacá), empresário Estevão Lunardeli, com 60% dos valores do passe, os 40% restantes de propriedade do Itapecerica Futebol Clube.
O motivo do meu desejo vem da palavra do meu porteiro coxa. Sempre que eu reclamo da escalação contínua de jogador sem a mínima qualificação para atuar no Furacão, ele repete com aquela sabedoria que lhe é peculiar: “Empresário forte seu Ivan!”. Com o conhecimento dos valores contratuais, eu poderia saber se a afirmação do amigo tem fundo de verdade.

Ainda teríamos que verificar se esses empresários não são apenas laranjas de empresários ainda mais fortes, algo quase impossível de saber. Restaria sempre uma dúvida, mas já seria um começo.

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