Vitória do
Furacão com gol no crepúsculo do dia dos pais é sobremesa requintada. Não
supera todo o chamego dos filhos e netos, o futebol é apenas um anexo
importante, mas é um The End digno da Metro-Goldwyn-Mayer em seus melhores
tempos.
O Atlético
venceu jogo em que imaginei teria muitas dificuldades. A ausência de Carlos
Alberto facilitou, Emerson teve que resolver tudo sozinho, quase conseguiu, mas
com uma barriguinha que já possibilita saber o sexo do bebê, era muita areia
para o seu caminhãozinho.
A mudança do
esquema para o 4-4-2 foi fundamental para a conquista dos três pontos, mais que
isso, a aproximação da marcação no meio de campo. O Atlético, que espiava os
adversários, passou a chegar junto com velocidade, dificultando a livre circulação
da bola, retomando-a, propiciando situações de ataque.
Nada para entusiasmar,
a partida foi equilibrada, as chances de gol poucas. Aproveitando-se das
dificuldades com a bola aérea da defesa carioca, Cléo marcou aos 46 do primeiro
tempo em cruzamento de Natanael, já tinha obrigado Jefferson a grande defesa em
lance anterior.
Cléo foi uma
das boas figuras da partida. Sabe jogar de costas para o gol, fazer o pivô,
consegue manter a defesa em sobressalto, recuada, obrigada a marcá-lo.
Defensivamente também teve boa atuação, muito eficiente na bola aérea.
Quando aos
trinta saiu para dar lugar a Coutinho, o Botafogo, que já estava dentro da
nossa área, avançou todo, nos últimos quinze minutos a casa andou para cair,
Weverton fez dois milagres seguidos aos trinta e três. O perigo só acabou com o
gol de Coutinho aos quarenta e sete.
Achei João
Paulo o melhor do Furacão. João Paulo joga muito, mas toda nova contratação,
todo novo treinador, lá vai o João para o banco. Tendo continuidade, fecha o
meio. Natanael também teve nota alta, teve participação nos dois gols
rubro-negros, no primeiro assistiu, no segundo deu início à jogada. Marcelo
continua muito mal.
Coletivamente
foi bom jogo. Doriva foi importante na vitória, mudou o esquema, reforçou
setores deficientes, penso que deveria ter mantido Cléo em campo, entrado com Coutinho
no lugar de Marcelo. Sem dúvida o time evoluiu taticamente. Se esta evolução
basta para enfrentar adversários mais preparados, só o tempo dirá.
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