terça-feira, 5 de agosto de 2014

SINTO MUITO PETRAGLIA

O retorno do Atlético às vitórias não é só dependente de contratações. Ei! Não estou dizendo que elas não são necessárias, podem esperar, elas são necessárias e urgentes. Digo que seu Doriva pode ir puxando orelhas e trabalhando com o objetivo de vencer o Botafogo desde já.
Começar puxando as orelhas do seu Marcelo. O papa-léguas parou de jogar. Por quê? E eu sei. Penso que o chamego com o Timão deixou sequelas, ou a expectativa de seguir o rumo de Éderson o fez passar a ausente. Outro a ter a orelha esticada é o seu Coutinho, individualista em demasia, esqueceu que tem outros dez em campo.
Depois é mudar o esquema. Os três atacantes não funcionaram, a recuperação defensiva é frágil, Marcelo e Coutinho só espiam de longe, cria-se uma sensação de que temos uma multidão para defender e a bola vive dentro da nossa área. Talvez dois atacantes, um meia que possa ajudar Marquinhos e tenha algum poder de marcação, só para começar.
Segue o entrosamento dos laterais com os atacantes e meias. O Galo deu exemplo forçando com três pelos lados, trocando passes, sempre sobrando alguém livre na linha de fundo. Tem que treinar, tem que colocar Sueliton para gastar a perna em cruzamentos, erra muito, liberar Natanael para atacar, coordenar as coberturas para esses avanços.
Certa vez, quando falei com importante dirigente de futebol, e foram umas quatro horas de conversa interessante, eu o ouvi dizer que “o pior do futebol são os noventa minutos”. Trabalha-se, treina-se, gasta-se e em dez minutos de jogo tudo pode ser posto a perder sem explicação.
Com esse pensamento, entendo que Petraglia prefira deixar o futebol a cargo do vice-presidente e dedicar-se a conseguir recursos com a venda dos conteúdos do Atlético, tarefa em que é papa. Infelizmente, futebol é noventa minutos, não se pode fugir deles. O Real Madrid não é grande pelo Santiago Bernabéu, é grande porque seu futebol é grande, só com a venda de camisas pagou metade do passe do colombiano James.

Eu sei que o descanso é merecido, foram anos difíceis tocando a obra, mas não dá. Os últimos cento e oitenta minutos exigem sua volta às carreiras. O barco está fazendo água. Sinto muito Petraglia. 

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